Violência no Rio ganha 'nova dimensão', diz jornal
da BBC, em Londres
Imerso na discussão sobre as milícias que agora controlam diversas favelas, o Rio de Janeiro pode estar vendo uma "nova dimensão" da luta contra a violência, afirma nesta quinta-feira o jornal Christian Science Monitor.
Em reportagem sobre o crescimento desta atividade criminosa na cidade, o diário afirma: "Como se não fosse suficiente a violência entre gangues, há agora um novo elemento na mistura", introduz a matéria.
Escutando o deputado estadual do PSOL Marcelo Freixo, estudioso do assunto, o repórter informa que, no Brasil, pelo menos 92 das mais de 600 favelas são controladas por grupos paramilitares que estão "deslocando gangues de tráfico de droga e praticando extorsão à sua própria maneira".
Com esses grupos usando força extrema para controlar cada aspecto da vida de moradores dos bairros pobres, diz o CSM, "muitos igualam a situação do Rio à de uma guerra de baixa intensidade".
Segundo a ONU, o número de mortos por armas de fogo no país supera as taxas registradas nas guerras da América Central, nos anos 1970 e 1980, e na primeira guerra do Golfo, no início dos anos 1990.
Geopolítica triangular
Matéria do argentino Página 12 afirma que a comunidade judia argentina pediu à Casa Branca que intervenha na disputa com o Irã a respeito do atentado de um prédio de uma associação sionista em Buenos Aires, em 1994.
O pedido foi feito ao secretário americano de Justiça, Alberto Gonzáles, que está em Buenos Aires. Os argentinos querem que Washington pressione a Interpol para encontrar e prender ex-autoridades iranianas supostamente ligadas ao atentado. Teerã rechaçou o pedido da Justiça argentina.
A visita de González à América Latina – o secretário passou também por El Salvador e hoje segue para o Brasil – ocorre pouco depois de o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, fazer um giro por países da região.
Grupos de direitos humanos protestaram contra a visita de González, porque, nas palavras do Página 12, o "cavaleiro da tortura (…) se tornou célebre por (assinar) um memorando secreto que deu carta branca às torturas nas prisões de Guantánamo e Abu Ghraib".
Álcool
O acordo entre os Estados Unidos e o Brasil para produzir álcool combustível e promover o seu uso ganhou destaque na imprensa internacional. Jornais observam que a estratégia é mais que puramente econômica.
Segundo o espanhol El País, a proximidade entre Washington e Brasília "pretende isolar regimes como o de Hugo Chávez (presidente da Venezuela) e Evo Morales (presidente da Bolívia), assentados sobre recursos energéticos".
O diário Washington Post esmiuçou a idéia, afirmando que "Chávez tem explorado as frustrações regionais com as prescrições econômicas voltadas para o mercado que os Estados Unids promoveram na região durante anos, e usado recursos do petróleo para promover várias alianças econômicas regionais".
O suíço La Tribune de Genève se ateve à dimensão econômica do acordo. A ministra suíça da Economia, Doris Leuthard, disse ao jornal que o programa brasileiro de álcool combustível é "genial", e que seu governo tem interesse na tecnologia 'flex' que hoje já lidera as vendas brasileiras de carros.
Em reportagem sobre o crescimento desta atividade criminosa na cidade, o diário afirma: "Como se não fosse suficiente a violência entre gangues, há agora um novo elemento na mistura", introduz a matéria.
Escutando o deputado estadual do PSOL Marcelo Freixo, estudioso do assunto, o repórter informa que, no Brasil, pelo menos 92 das mais de 600 favelas são controladas por grupos paramilitares que estão "deslocando gangues de tráfico de droga e praticando extorsão à sua própria maneira".
Com esses grupos usando força extrema para controlar cada aspecto da vida de moradores dos bairros pobres, diz o CSM, "muitos igualam a situação do Rio à de uma guerra de baixa intensidade".
Segundo a ONU, o número de mortos por armas de fogo no país supera as taxas registradas nas guerras da América Central, nos anos 1970 e 1980, e na primeira guerra do Golfo, no início dos anos 1990.
Geopolítica triangular
Matéria do argentino Página 12 afirma que a comunidade judia argentina pediu à Casa Branca que intervenha na disputa com o Irã a respeito do atentado de um prédio de uma associação sionista em Buenos Aires, em 1994.
O pedido foi feito ao secretário americano de Justiça, Alberto Gonzáles, que está em Buenos Aires. Os argentinos querem que Washington pressione a Interpol para encontrar e prender ex-autoridades iranianas supostamente ligadas ao atentado. Teerã rechaçou o pedido da Justiça argentina.
A visita de González à América Latina – o secretário passou também por El Salvador e hoje segue para o Brasil – ocorre pouco depois de o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, fazer um giro por países da região.
Grupos de direitos humanos protestaram contra a visita de González, porque, nas palavras do Página 12, o "cavaleiro da tortura (…) se tornou célebre por (assinar) um memorando secreto que deu carta branca às torturas nas prisões de Guantánamo e Abu Ghraib".
Álcool
O acordo entre os Estados Unidos e o Brasil para produzir álcool combustível e promover o seu uso ganhou destaque na imprensa internacional. Jornais observam que a estratégia é mais que puramente econômica.
Segundo o espanhol El País, a proximidade entre Washington e Brasília "pretende isolar regimes como o de Hugo Chávez (presidente da Venezuela) e Evo Morales (presidente da Bolívia), assentados sobre recursos energéticos".
O diário Washington Post esmiuçou a idéia, afirmando que "Chávez tem explorado as frustrações regionais com as prescrições econômicas voltadas para o mercado que os Estados Unids promoveram na região durante anos, e usado recursos do petróleo para promover várias alianças econômicas regionais".
O suíço La Tribune de Genève se ateve à dimensão econômica do acordo. A ministra suíça da Economia, Doris Leuthard, disse ao jornal que o programa brasileiro de álcool combustível é "genial", e que seu governo tem interesse na tecnologia 'flex' que hoje já lidera as vendas brasileiras de carros.