Bolívia aumenta preço do gás para termoelétrica de Cuiabá
da BBC, em Londres
O preço do gás exportado pela Bolívia para a termoelétrica de Cuiabá aumentou de US$ 1,09 por BTU (unidade de medida térmica) para US$ 4,20 por BTU. O aumento vale a partir de meados de abril.
O acordo, fechado durante a visita do presidente da Bolívia, Evo Morales, ao Brasil, foi anunciado em La Paz pela YPFB, a estatal boliviana de hidrocarbonetos, e confirmado em Brasília pelo Ministério das Minas e Energia.
Esse acordo é entre o governo da Bolívia e a Termoelétrica Governador Mário Covas, responsável por 70% da energia do Estado de Mato Grosso, mas foi negociado entre os dois governos em uma reunião no Palácio do Itamaraty.
Segundo um porta-voz do Ministério das Minas e Energia, o governo brasileiro interveio porque "o preço era muito baixo".
O volume negociado é para o fornecimento de, no máximo, 2,8 milhões de metros cúbicos por dia.
A Petrobras paga US$ 4,30 por BTU pelo gás boliviano que vai para o sul do Brasil. A Bolívia quer aumentar também esse valor, mas ainda não foi fechado um acordo nesse sentido.
Mais cedo, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, havia dito que o preço do gás importado da Bolívia para a termoelétrica de Cuiabá era "totalmente desatualizado e totalmente injusto” e que deveria ser corrigido.
Atraso
Morales chegou a Brasília no início da manhã para uma visita de Estado que deveria incluir também uma passagem pelo Congresso, acompanhado do ministro dos Hidrocarbonetos, Carlos Villegas, e o chanceler David Choquehuanca.
Mas o atraso de um dos aviões que trouxe parte da comitiva e outros ministros, por causa do mau tempo na fronteira entre os dois países, adiou as reuniões, onde foram discutidos o preço do gás importado da Bolívia e outros investimentos.
As reuniões se estenderam durante toda a tarde, a visita ao Congresso foi cancelada e a assinatura dos acordos entre os dois países foi marcada para a noite.
O ministro disse que o acordo para o aumento de preço do gás importado pela Petrobras, principal reivindicação dos bolivianos, ainda não havia sido concluído, e deveria incluir uma negociação mais ampla, envolvendo novos investimentos brasileiros no país.
“Um bom entendimento é necessário para os investimentos no pólo gás-químico”, afirmou Amorim.
Renegociação
Este era um dos investimentos previstos pela Petrobras na fronteira entre os dois países, que foi paralisado quando o governo boliviano decretou a nacionalização do setor de hidrocarbonetos, em maio do ano passado.
A Petrobras aceitou a renegociação dos contratos exigida pelo governo boliviano em outubro do ano passado, mas ainda não anunciou novos investimentos no país.
O aumento do preço do gás importado pelo Brasil – tanto o de Cuiabá, numa quantidade de 1,9 bilhão de metros cúbicos por dia, quanto o da Petrobras, que compra 27 bilhões de metros cúbicos por dia – é a principal reivindicação do governo boliviano.
No começo da semana, Evo Morales chegou a ameaçar cancelar a visita ao Brasil se não houvesse uma sinalização que haveria um acordo para o aumento do preço.
O acordo, fechado durante a visita do presidente da Bolívia, Evo Morales, ao Brasil, foi anunciado em La Paz pela YPFB, a estatal boliviana de hidrocarbonetos, e confirmado em Brasília pelo Ministério das Minas e Energia.
Esse acordo é entre o governo da Bolívia e a Termoelétrica Governador Mário Covas, responsável por 70% da energia do Estado de Mato Grosso, mas foi negociado entre os dois governos em uma reunião no Palácio do Itamaraty.
Segundo um porta-voz do Ministério das Minas e Energia, o governo brasileiro interveio porque "o preço era muito baixo".
O volume negociado é para o fornecimento de, no máximo, 2,8 milhões de metros cúbicos por dia.
A Petrobras paga US$ 4,30 por BTU pelo gás boliviano que vai para o sul do Brasil. A Bolívia quer aumentar também esse valor, mas ainda não foi fechado um acordo nesse sentido.
Mais cedo, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, havia dito que o preço do gás importado da Bolívia para a termoelétrica de Cuiabá era "totalmente desatualizado e totalmente injusto” e que deveria ser corrigido.
Atraso
Morales chegou a Brasília no início da manhã para uma visita de Estado que deveria incluir também uma passagem pelo Congresso, acompanhado do ministro dos Hidrocarbonetos, Carlos Villegas, e o chanceler David Choquehuanca.
Mas o atraso de um dos aviões que trouxe parte da comitiva e outros ministros, por causa do mau tempo na fronteira entre os dois países, adiou as reuniões, onde foram discutidos o preço do gás importado da Bolívia e outros investimentos.
As reuniões se estenderam durante toda a tarde, a visita ao Congresso foi cancelada e a assinatura dos acordos entre os dois países foi marcada para a noite.
O ministro disse que o acordo para o aumento de preço do gás importado pela Petrobras, principal reivindicação dos bolivianos, ainda não havia sido concluído, e deveria incluir uma negociação mais ampla, envolvendo novos investimentos brasileiros no país.
“Um bom entendimento é necessário para os investimentos no pólo gás-químico”, afirmou Amorim.
Renegociação
Este era um dos investimentos previstos pela Petrobras na fronteira entre os dois países, que foi paralisado quando o governo boliviano decretou a nacionalização do setor de hidrocarbonetos, em maio do ano passado.
A Petrobras aceitou a renegociação dos contratos exigida pelo governo boliviano em outubro do ano passado, mas ainda não anunciou novos investimentos no país.
O aumento do preço do gás importado pelo Brasil – tanto o de Cuiabá, numa quantidade de 1,9 bilhão de metros cúbicos por dia, quanto o da Petrobras, que compra 27 bilhões de metros cúbicos por dia – é a principal reivindicação do governo boliviano.
No começo da semana, Evo Morales chegou a ameaçar cancelar a visita ao Brasil se não houvesse uma sinalização que haveria um acordo para o aumento do preço.