Acordo para o gás corrige grave dano, diz jornal boliviano
da BBC, em Londres
O acordo sobre o preço do gás boliviano enviado ao Mato Grosso, firmado na noite da quarta-feira após reunião entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Evo Morales, em Brasília, ganhou destaque na imprensa da Bolívia nesta quinta-feira.
Para o diário El Deber, de Santa Cruz de la Sierra, o aumento do preço do gás “corrige um grave dano ao Estado”, ao adequar o preço do produto às circunstâncias atuais do país e do mercado internacional, o que não acontecia com o contrato anterior, que previa a venda do gás fixado a um preço baixo por um longo período.
El Mundo, também de Santa Cruz, comenta que o acordo na noite anterior “resolveu um assunto espinhoso que provocou diferenças profundas entre os países no ano passado”.
Segundo o jornal, o aumento de mais de 285% no preço do gás boliviano enviado ao Mato Grosso representará “uma receita adicional milionária ao país”, estimada em US$ 44,9 milhões por ano.
Nova etapa
Para o jornal El Diário, de La Paz, o acordo “abre uma nova etapa na relação bilateral com o Brasil”, mas ainda “deixa pendente de solução a demanda principal da Bolívia, o aumento do preço do gás bombeado ao mercado de São Paulo, algo que a petroleira estatal brasileira se nega a aceitar”.
Em Cochabamba, o diário Los Tiempos observa que as negociações com Lula levaram Morales a ampliar sua estadia em Brasília, inicialmente prevista para durar apenas algumas horas.
O jornal comenta ainda que a presença de 92 alunos de uma escola local na recepção oficial a Morales causou constrangimento inicial na comitiva boliviana, depois de o chanceler brasileiro, Celso Amorim, ter supostamente classificado de “infantil” o condicionamento da visita de Morales à negociação sobre o gás.
Segundo a reportagem, a explicação de que a presença de estudantes é praxe nas recepções oficiais a autoridades estrangeiras serviu para acalmar os ânimos entre as autoridades bolivianas.
Vitória parcial
O jornal argentino La Nación também noticiou o acordo com destaque, dizendo que “o presidente Evo Morales conseguiu ontem uma vitória parcial em sua visita ao Brasil”, com o acordo sobre o gás enviado a Cuiabá, que representa “uma porção minoritária do fluido que o país andino exporta ao vizinho”.
O diário comenta que “a conquista boliviana” foi conseguida após um dia marcado por atrasos da comitiva de Morales, que desorientou a equipe do Itamaraty responsável pelo cerimonial e provocou a remarcação do horário para a assinatura dos acordos por sete vezes ao longo do dia.
O jornal espanhol El País observa que a visita de Morales ocorreu em meio à tensão gerada pela insistência do governo boliviano em negociar um aumento para o preço do gás que vende ao Brasil.
A reportagem comenta que Lula, apesar de “receber seu colega boliviano com simpatia e benevolência, porque representa, como costuma repetir, ‘o país mais pobre da América do Sul’, às vezes se irrita com seu ‘companheiro e amigo’”, mas diz que essa irritação é passageira.
Segundo o jornal, Lula “considera certas exigências de Morales como inexperiências diplomáticas, e basta uma ligação telefônica, como desta vez, para resolver o problema”.
Para o diário El Deber, de Santa Cruz de la Sierra, o aumento do preço do gás “corrige um grave dano ao Estado”, ao adequar o preço do produto às circunstâncias atuais do país e do mercado internacional, o que não acontecia com o contrato anterior, que previa a venda do gás fixado a um preço baixo por um longo período.
El Mundo, também de Santa Cruz, comenta que o acordo na noite anterior “resolveu um assunto espinhoso que provocou diferenças profundas entre os países no ano passado”.
Segundo o jornal, o aumento de mais de 285% no preço do gás boliviano enviado ao Mato Grosso representará “uma receita adicional milionária ao país”, estimada em US$ 44,9 milhões por ano.
Nova etapa
Para o jornal El Diário, de La Paz, o acordo “abre uma nova etapa na relação bilateral com o Brasil”, mas ainda “deixa pendente de solução a demanda principal da Bolívia, o aumento do preço do gás bombeado ao mercado de São Paulo, algo que a petroleira estatal brasileira se nega a aceitar”.
Em Cochabamba, o diário Los Tiempos observa que as negociações com Lula levaram Morales a ampliar sua estadia em Brasília, inicialmente prevista para durar apenas algumas horas.
O jornal comenta ainda que a presença de 92 alunos de uma escola local na recepção oficial a Morales causou constrangimento inicial na comitiva boliviana, depois de o chanceler brasileiro, Celso Amorim, ter supostamente classificado de “infantil” o condicionamento da visita de Morales à negociação sobre o gás.
Segundo a reportagem, a explicação de que a presença de estudantes é praxe nas recepções oficiais a autoridades estrangeiras serviu para acalmar os ânimos entre as autoridades bolivianas.
Vitória parcial
O jornal argentino La Nación também noticiou o acordo com destaque, dizendo que “o presidente Evo Morales conseguiu ontem uma vitória parcial em sua visita ao Brasil”, com o acordo sobre o gás enviado a Cuiabá, que representa “uma porção minoritária do fluido que o país andino exporta ao vizinho”.
O diário comenta que “a conquista boliviana” foi conseguida após um dia marcado por atrasos da comitiva de Morales, que desorientou a equipe do Itamaraty responsável pelo cerimonial e provocou a remarcação do horário para a assinatura dos acordos por sete vezes ao longo do dia.
O jornal espanhol El País observa que a visita de Morales ocorreu em meio à tensão gerada pela insistência do governo boliviano em negociar um aumento para o preço do gás que vende ao Brasil.
A reportagem comenta que Lula, apesar de “receber seu colega boliviano com simpatia e benevolência, porque representa, como costuma repetir, ‘o país mais pobre da América do Sul’, às vezes se irrita com seu ‘companheiro e amigo’”, mas diz que essa irritação é passageira.
Segundo o jornal, Lula “considera certas exigências de Morales como inexperiências diplomáticas, e basta uma ligação telefônica, como desta vez, para resolver o problema”.