Preço do gás da Bolívia vai subir entre 3% e 6%
da BBC, em Londres
A Petrobras vai pagar mais por uma parte do gás comprado da Bolívia que excede o valor calorífico mínimo previsto no contrato. Esse excedente terá uma variação de acordo com o preço internacional do produto.
De acordo com o ministro das Minas e Energia, Silas Rondeau, pela cotação de hoje o preço total do gás importado pelo gasoduto Brasil-Bolívia teria um acréscimo entre 3% e 6% em relação ao preço atual, de US$ 4,30 por BTU (unidade de medida térmica).
O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, disse que o preço não vai subir para o consumidor, já que aumentos de preço para o consumidor têm que ser autorizados pela Agência Nacional de Petróleo (ANP).
O aumento será absorvido pela empresa, assim como aconteceu com a elevação dos impostos e royalties pagos ao governo boliviano desde o ano passado.
Argentina
O ministro dos Hidrocarbonetos da Bolívia, Carlos Villegas, disse que a expectativa do país é de uma receita adicional de US$ 100 milhões para este ano.
Mas o presidente da Petrobras disse que é impossível saber o montante devido a eventuais mudanças no preço internacional do gás.
No ano passado, a empresa importou US$ 1,26 bilhão. Se a fórmula que passa a valer a partir do mês que vem fosse aplicada sobre este montante, o acréscimo ficaria entre US$ 37,8 milhões a US$ 75,6 milhões.
A fórmula que será usada a partir de agora é complexa e foi obtida por sugestão dos bolivianos depois de negociações que se prolongaram até tarde da noite desta quarta-feira em Brasília.
O pleito inicial do governo da Bolívia era de aumentar o preço para US$ 5, o mesmo valor pago pela Argentina. O Brasil não concordou. “Não tem porque usar a Argentina como comparação”, afirmou Gabrielli.
A fórmula encontrada prevê o preço atual de US$ 4,30 por BTU para o gás com poder calorífico de 8.900 kcal por metro cúbico. Acima desta medida, o gás é considerado nobre, e poderia ser separado para uso diferenciado – isso só vai acontecer se a Petrobras fizer novos investimentos na separação do gás.
Este gás excedente será pago de acordo com a variação do preço do mercado internacional. A medição do gás que passa pela tubulação é medida diariamente e o cálculo do preço é feito automaticamente, conforme a cotação.
Mais investimentos
O ministro Silas Rondeau destacou que o acordo não fere o contrato atual, já que ele prevê este preço para o gás com o poder calorífico de 8.900 kcal por metro cúbico. Será feito um aditivo para acomodar o novo preço.
A Bolívia também se comprometeu a registrar os novos contratos, assinados em outubro do ano passado, que colocam a estatal boliviana de hidrocarbonetos como sócia das empresas estrangeiras, até 15 de março.
“Os contratos terão respaldo jurídico boliviano”, afirmou o ministro boliviano Villegas.
A partir daí, a Petrobras vai estudar novos investimentos no país. Está nos planos da empresa a instalação de um pólo de gás-químico no Mato Grosso do Sul, que teria investimentos também da petroquímica Brasken.
“Queremos investimentos, queremos sócios para desenvolver nosso país”, afirmou o presidente Evo Morales, na declaração ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O ministro Villegas disse que não se discutiu, nesta reunião, a indenização da Petrobras pelas refinarias que a empresa opera na Bolívia e que o governo quer nacionalizar. Grupos técnicos dos dois países estão discutindo o assunto.
No dia anterior, já havia sido anunciado um acordo para aumentar de US$ 1,19 para US$ 4,20 por BTU o gás importado da Bolívia pela termoelétrica de Cuiabá, que não tem ligação com a Petrobras.
Com esta mudança, o governo boliviano terá uma receita adicional de US$ 44 milhões por ano.
De acordo com o ministro das Minas e Energia, Silas Rondeau, pela cotação de hoje o preço total do gás importado pelo gasoduto Brasil-Bolívia teria um acréscimo entre 3% e 6% em relação ao preço atual, de US$ 4,30 por BTU (unidade de medida térmica).
O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, disse que o preço não vai subir para o consumidor, já que aumentos de preço para o consumidor têm que ser autorizados pela Agência Nacional de Petróleo (ANP).
O aumento será absorvido pela empresa, assim como aconteceu com a elevação dos impostos e royalties pagos ao governo boliviano desde o ano passado.
Argentina
O ministro dos Hidrocarbonetos da Bolívia, Carlos Villegas, disse que a expectativa do país é de uma receita adicional de US$ 100 milhões para este ano.
Mas o presidente da Petrobras disse que é impossível saber o montante devido a eventuais mudanças no preço internacional do gás.
No ano passado, a empresa importou US$ 1,26 bilhão. Se a fórmula que passa a valer a partir do mês que vem fosse aplicada sobre este montante, o acréscimo ficaria entre US$ 37,8 milhões a US$ 75,6 milhões.
A fórmula que será usada a partir de agora é complexa e foi obtida por sugestão dos bolivianos depois de negociações que se prolongaram até tarde da noite desta quarta-feira em Brasília.
O pleito inicial do governo da Bolívia era de aumentar o preço para US$ 5, o mesmo valor pago pela Argentina. O Brasil não concordou. “Não tem porque usar a Argentina como comparação”, afirmou Gabrielli.
A fórmula encontrada prevê o preço atual de US$ 4,30 por BTU para o gás com poder calorífico de 8.900 kcal por metro cúbico. Acima desta medida, o gás é considerado nobre, e poderia ser separado para uso diferenciado – isso só vai acontecer se a Petrobras fizer novos investimentos na separação do gás.
Este gás excedente será pago de acordo com a variação do preço do mercado internacional. A medição do gás que passa pela tubulação é medida diariamente e o cálculo do preço é feito automaticamente, conforme a cotação.
Mais investimentos
O ministro Silas Rondeau destacou que o acordo não fere o contrato atual, já que ele prevê este preço para o gás com o poder calorífico de 8.900 kcal por metro cúbico. Será feito um aditivo para acomodar o novo preço.
A Bolívia também se comprometeu a registrar os novos contratos, assinados em outubro do ano passado, que colocam a estatal boliviana de hidrocarbonetos como sócia das empresas estrangeiras, até 15 de março.
“Os contratos terão respaldo jurídico boliviano”, afirmou o ministro boliviano Villegas.
A partir daí, a Petrobras vai estudar novos investimentos no país. Está nos planos da empresa a instalação de um pólo de gás-químico no Mato Grosso do Sul, que teria investimentos também da petroquímica Brasken.
“Queremos investimentos, queremos sócios para desenvolver nosso país”, afirmou o presidente Evo Morales, na declaração ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O ministro Villegas disse que não se discutiu, nesta reunião, a indenização da Petrobras pelas refinarias que a empresa opera na Bolívia e que o governo quer nacionalizar. Grupos técnicos dos dois países estão discutindo o assunto.
No dia anterior, já havia sido anunciado um acordo para aumentar de US$ 1,19 para US$ 4,20 por BTU o gás importado da Bolívia pela termoelétrica de Cuiabá, que não tem ligação com a Petrobras.
Com esta mudança, o governo boliviano terá uma receita adicional de US$ 44 milhões por ano.