Satélite da Nasa descobre 'bolhas' de água na Antártida
da BBC, em Londres
"Bolhas" gigantescas com água que se expandem e contraem rapidamente foram mapeadas logo abaixo da camada de gelo da Antártida.
Alimentadas por uma complexa rede de rios, as reservas subglaciais forçam a camada superior de gelo a se elevar e a cair.
Rastreando estas mudanças com o satélite Ice Cloud and Land Elevation (ICESat, na sigla em inglês), cientistas da Nasa foram capazes de mapear a extensão da rede subglacial.
Os resultados, publicados na revista Science, mostram que algumas áreas sofreram uma queda de até nove metros em apenas dois anos.
"Não percebemos que a água embaixo destes riachos de gelo estava se movendo em uma quantidade tão grande e em um espaço de tempo tão curto", disse Helen Fricker, do Instituto de Oceanografia Scripps, da Universidade da Califórnia, uma das autoras da pesquisa que encontrou as bolhas.
"Pensamos que estas mudanças ocorriam durante anos e décadas, mas estamos observando mudanças em meses", acrescentou a pesquisadora.
Os resultados são importantes para a compreensão de como a camada de gelo da Antártida, que contém cerca de 90% do gelo do mundo, pode responder ao aquecimento global e quanto poderá contribuir para a elevação do nível dos mares.
As descobertas foram apresentadas na reunião anual da Associação Americana para o Progresso da Ciência, em São Francisco.
Clima
Cerca de 150 lagos subglaciais foram mapeados abaixo da vasta camada de gelo da Antártida, a maioria deles por glaciologistas que fizeram furos no gelo.
Os novos lagos, detectados por satélite, foram encontrados abaixo dos riachos de gelo Whillans e Mercer, que levam gelo do interior da Camada de Gelo Ocidental Antártica para a Plataforma Flutuante de Gelo Ross.
Estes riachos de gelo movem muitos metros a cada dia e chamam a atenção de cientistas do clima.
"É o gelo que se move rapidamente que determina como a camada de gelo responde à mudança do clima em um curto prazo", disse Robert Bindschadler, do Centro Espacial Goddard, da Nasa, em Maryland, e um dos pesquisadores que participaram do estudo.
A temperatura da atmosfera aumenta, derrete as plataformas de gelo e diminui sua capacidade de segurar estes rios de gelo. "Ainda não conseguimos prever o que estes rios de gelo vão fazer", disse o pesquisador.
A compreensão do quanto de água flui embaixo do gelo é crucial, pois é um dos fatores que determina a rapidez com que estes rios correm. Mais água pode aumentar a velocidade com que o gelo vai para o mar, aumentando o nível dos oceanos. "É, essencialmente, a graxa na roda", disse Bindschadler.
Satélite
Usando informações sobre a elevação do gelo, obtidas com o ICESat da Nasa, conferidas com informações de outros satélites da Nasa, a equipe foi capaz de mapear a subida e queda o gelo.
Lançado em 2003, o ICESat pode detectar mudanças na elevação tão pequenas quanto 1,5 centímetro a partir de sua órbita a 645 quilômetros da Terra.
O estudo revelou uma complexa rede de lagos e rios, o maior deles abaixo do riacho de gelo Whillans e cobrindo uma área de 500 quilômetros quadrados.
O estudo também mostrou que a água estava constantemente se movendo entre reservatórios diferentes. Mas parte da água escapou para o oceano ou foi congelada novamente na base da geleira.
Observações como estas só são possíveis com a nova técnica de satélite. "Até agora, tivemos apenas poucos relances sobre o que estava acontecendo. Esta é a mais completa imagem até agora a respeito do que está ocorrendo abaixo do gelo que flui mais rápido", disse Bindschadler.
Alimentadas por uma complexa rede de rios, as reservas subglaciais forçam a camada superior de gelo a se elevar e a cair.
Rastreando estas mudanças com o satélite Ice Cloud and Land Elevation (ICESat, na sigla em inglês), cientistas da Nasa foram capazes de mapear a extensão da rede subglacial.
Os resultados, publicados na revista Science, mostram que algumas áreas sofreram uma queda de até nove metros em apenas dois anos.
"Não percebemos que a água embaixo destes riachos de gelo estava se movendo em uma quantidade tão grande e em um espaço de tempo tão curto", disse Helen Fricker, do Instituto de Oceanografia Scripps, da Universidade da Califórnia, uma das autoras da pesquisa que encontrou as bolhas.
"Pensamos que estas mudanças ocorriam durante anos e décadas, mas estamos observando mudanças em meses", acrescentou a pesquisadora.
Os resultados são importantes para a compreensão de como a camada de gelo da Antártida, que contém cerca de 90% do gelo do mundo, pode responder ao aquecimento global e quanto poderá contribuir para a elevação do nível dos mares.
As descobertas foram apresentadas na reunião anual da Associação Americana para o Progresso da Ciência, em São Francisco.
Clima
Cerca de 150 lagos subglaciais foram mapeados abaixo da vasta camada de gelo da Antártida, a maioria deles por glaciologistas que fizeram furos no gelo.
Os novos lagos, detectados por satélite, foram encontrados abaixo dos riachos de gelo Whillans e Mercer, que levam gelo do interior da Camada de Gelo Ocidental Antártica para a Plataforma Flutuante de Gelo Ross.
Estes riachos de gelo movem muitos metros a cada dia e chamam a atenção de cientistas do clima.
"É o gelo que se move rapidamente que determina como a camada de gelo responde à mudança do clima em um curto prazo", disse Robert Bindschadler, do Centro Espacial Goddard, da Nasa, em Maryland, e um dos pesquisadores que participaram do estudo.
A temperatura da atmosfera aumenta, derrete as plataformas de gelo e diminui sua capacidade de segurar estes rios de gelo. "Ainda não conseguimos prever o que estes rios de gelo vão fazer", disse o pesquisador.
A compreensão do quanto de água flui embaixo do gelo é crucial, pois é um dos fatores que determina a rapidez com que estes rios correm. Mais água pode aumentar a velocidade com que o gelo vai para o mar, aumentando o nível dos oceanos. "É, essencialmente, a graxa na roda", disse Bindschadler.
Satélite
Usando informações sobre a elevação do gelo, obtidas com o ICESat da Nasa, conferidas com informações de outros satélites da Nasa, a equipe foi capaz de mapear a subida e queda o gelo.
Lançado em 2003, o ICESat pode detectar mudanças na elevação tão pequenas quanto 1,5 centímetro a partir de sua órbita a 645 quilômetros da Terra.
O estudo revelou uma complexa rede de lagos e rios, o maior deles abaixo do riacho de gelo Whillans e cobrindo uma área de 500 quilômetros quadrados.
O estudo também mostrou que a água estava constantemente se movendo entre reservatórios diferentes. Mas parte da água escapou para o oceano ou foi congelada novamente na base da geleira.
Observações como estas só são possíveis com a nova técnica de satélite. "Até agora, tivemos apenas poucos relances sobre o que estava acontecendo. Esta é a mais completa imagem até agora a respeito do que está ocorrendo abaixo do gelo que flui mais rápido", disse Bindschadler.