Novo relatório critica polícia no caso Jean Charles, diz jornal
da BBC, em Londres
Um novo relatório sobre a morte do brasileiro Jean Charles de Menezes em Londres, em 2005, deverá criticar fortemente a polícia londrina e qualificar de “incompreensível” o fato de o chefe da polícia, Ian Blair, ter sido informado do erro somente no dia seguinte, segundo reportagem publicada nesta segunda-feira no diário britânico The Guardian.
O jornal teve acesso antecipado ao documento, preparado pela Comissão Independente de Queixas contra a Polícia (IPCC, na sigla em inglês) e que será publicado oficialmente somente no mês que vem.
Jean Charles foi morto com sete tiros na cabeça por policiais que acreditavam estar atrás de um homem-bomba. O assassinato, numa estação de metrô ao sul de Londres, ocorreu em julho de 2005, duas semanas após os atentados a bomba que mataram dezenas de pessoas e um dia após novos atentados frustrados.
Segundo o relatório do IPCC, os policiais da Scotland Yard (a polícia londrina) teriam percebido em poucas horas que um inocente havia sido morto, mas que o chefe da polícia não foi informado imediatamente.
A conclusão do relatório confirmaria a tese de Ian Blair de que só foi informado da morte de Jean Charles no dia seguinte, mas levantará questões sobre sua capacidade para gerenciar a força, na avaliação do jornal.
Declarações incorretas
Ian Blair teria tentado bloquear a investigação do IPCC no dia da morte, com uma carta ao Ministério do Interior na qual alegava que o inquérito poderia prejudicar a busca pelos autores dos ataques terroristas em Londres.
“Pouco após as 15h30 daquele dia, sir Ian fez uma série de declarações em uma entrevista coletiva as quais seus funcionários já temiam que fossem incorretas”, como o fato de ele ter dito que a pessoa morta pela polícia havia sido abordada pela polícia, mas que teria se recusado a cumprir ordens.
Segundo o jornal, “o IPCC não faz recomendações para que sir Ian enfrente uma medida disciplinar e não encontrou evidências para apoiar as alegações de que ele mentiu sobre o que sabia e sobre quando soube da verdade”.
O novo relatório é o segundo feito pelo IPCC sobre a morte de Jean Charles. O primeiro, que examinava as razões de a polícia ter matado um homem inocente, teve sua publicação adiada até o encerramento de uma ação criminal contra a corporação por violações de regras de saúde e segurança.
O jornal teve acesso antecipado ao documento, preparado pela Comissão Independente de Queixas contra a Polícia (IPCC, na sigla em inglês) e que será publicado oficialmente somente no mês que vem.
Jean Charles foi morto com sete tiros na cabeça por policiais que acreditavam estar atrás de um homem-bomba. O assassinato, numa estação de metrô ao sul de Londres, ocorreu em julho de 2005, duas semanas após os atentados a bomba que mataram dezenas de pessoas e um dia após novos atentados frustrados.
Segundo o relatório do IPCC, os policiais da Scotland Yard (a polícia londrina) teriam percebido em poucas horas que um inocente havia sido morto, mas que o chefe da polícia não foi informado imediatamente.
A conclusão do relatório confirmaria a tese de Ian Blair de que só foi informado da morte de Jean Charles no dia seguinte, mas levantará questões sobre sua capacidade para gerenciar a força, na avaliação do jornal.
Declarações incorretas
Ian Blair teria tentado bloquear a investigação do IPCC no dia da morte, com uma carta ao Ministério do Interior na qual alegava que o inquérito poderia prejudicar a busca pelos autores dos ataques terroristas em Londres.
“Pouco após as 15h30 daquele dia, sir Ian fez uma série de declarações em uma entrevista coletiva as quais seus funcionários já temiam que fossem incorretas”, como o fato de ele ter dito que a pessoa morta pela polícia havia sido abordada pela polícia, mas que teria se recusado a cumprir ordens.
Segundo o jornal, “o IPCC não faz recomendações para que sir Ian enfrente uma medida disciplinar e não encontrou evidências para apoiar as alegações de que ele mentiu sobre o que sabia e sobre quando soube da verdade”.
O novo relatório é o segundo feito pelo IPCC sobre a morte de Jean Charles. O primeiro, que examinava as razões de a polícia ter matado um homem inocente, teve sua publicação adiada até o encerramento de uma ação criminal contra a corporação por violações de regras de saúde e segurança.