Endurecimento na fronteira barra entrada de ilegais nos EUA, diz jornal

da BBC, em Londres

O endurecimento dos controles na fronteira entre os Estados Unidos e o México vem provocando uma redução no fluxo de imigrantes ilegais ao país, segundo reportagem publicada nesta quarta-feira pelo jornal The New York Times.

“Em toda a fronteira, há sinais de que as medidas que a Patrulha de Fronteira e as outras agências federais tomaram no último ano, desde a construção de novas barreiras à colocação de 6 mil guardas como sentinelas armados, estão começando a reduzir o fluxo de imigrantes ilegais”, diz a reportagem.

Segundo o jornal, o número de imigrantes ilegais pegos após cruzar a fronteira caiu 27% nos últimos quatro meses em relação ao mesmo período do ano anterior, na maior queda desde o endurecimento verificado logo após os ataques de 11 de setembro de 2001.

A reportagem observa, porém, que muitos especialistas advertem que ainda é cedo para dizer se as novas medidas de segurança provocaram uma redução permanente de fluxo na fronteira.

“No passado, medidas mais duras somente levaram os traficantes de pessoas a encontrar novas rotas de entrada”, diz o jornal.

Venezuela e Cuba

A “revolução” de Hugo Chávez busca inspiração nas políticas de Fidel Castro em Cuba, mas a Venezuela permanece um país predominantemente capitalista, e o alinhamento a Havana é mais político do que econômico, segundo afirma reportagem publicada pelo diário The Miami Herald.

“A Venezuela permanece sendo uma nação amplamente capitalista, com tendências consumidoras além da média da América Latina. Somente em Caracas, quatro novos shoppings estão em construção, incluindo um classificado como ‘o maior’ da América Latina”, afirma o jornal.

Segundo a reportagem, Chávez “parece entender algumas de suas limitações, e sua retórica é normalmente mais forte que seus feitos”.

O jornal afirma que o anúncio recente de planos para nacionalizar empresas de telecomunicações e de energia assustou investidores, mas lembra que nos anos 1980 esses setores estavam sob o controle do Estado e que as nacionalizações estão sendo feitas com acordos de compensação financeira aos proprietários.

A reportagem cita os argumentos de críticos de Chávez de que ele estaria caminhando para um modelo político totalitário e personalista, nos moldes de Cuba, mas observa que “a Venezuela ainda é muito diferente de Cuba”.

“A Assembléia Nacional recentemente deu a Chávez o poder de governar por decreto pelos próximos 18 meses. Mas antes disso, Chávez havia ganho três eleições e um referendo de revogação de mandato, todos eles com observação internacional. Há partidos de oposição e uma mídia vibrante com editoriais críticos, além de freqüentes protestos populares”, diz o jornal.

Retirada britânica

A retirada de tropas britânicas do Iraque, a ser anunciada nesta quarta-feira pelo primeiro ministro Tony Blair, foi destaque nas capas dos principais jornais britânicos nesta quarta-feira.

O diário The Guardian observa que “a redução de cerca de 1.500 soldados até o início do verão citada ontem por funcionários do governo é significativamente menor do que o antecipado em reportagens que diziam que o efetivo britânico no Iraque, hoje em 7.200, seria cortado pela metade até maio”.

Para o jornal, “uma redução mais cautelosa pode refletir as preocupações manifestadas pelos governos iraquiano e americano sobre as intenções britânicas”.

Reportagem do Times, por sua vez, diz que “a decisão será vista por alguns como um sinal de que o governo está preparado para demonstrar sua independência dos Estados Unidos”.

“A guerra é vista em todos os partidos como o ato político mais impopular de Blair e o que provavelmente acelerou sua saída do poder (que deve ocorrer neste ano). Ele sempre quis que a retirada britânica começasse antes de ele deixar o poder, e isso agora parece que vai ocorrer”, diz o texto.

Para o Daily Telegraph, “a retirada das tropas britânicas será altamente significativa para Blair”. “Ele espera que isso coloque um fecho sobre o Iraque, que ofuscou seu governo desde a invasão liderada pelos Estados Unidos, há quatro anos”.

“Blair está ansioso em ser capaz de demonstrar que as tropas britânicas estão voltando para casa antes de ele deixar o poder, neste verão. Ele também espera que o anúncio ajude o Partido Trabalhista nas eleições locais de maio”, diz a reportagem.

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