Submarino britânico desvenda mistérios da Antártida
da BBC, em Londres
Uma viagem às profundezas geladas da Antártida revelou uma rica vida marinha e características geológicas que podem dar informações sobre o passado e o futuro da região.
Isis, o primeiro veículo britânico por controle remoto para a exploração das profundezas, registrou imagens e recolheu dados do leito do mar, submergindo 3,5 quilômetros, na Baía de Marguerite, no oeste da Península da Antártida.
A embarcação fotografou caranguejos gigantes, anêmonas e esponjas em uma expedição de três semanas.
Também registrou a presença, pela primeira vez, de "canais de derretimento do gelo", que vão ajudar no entendimento de como as geleiras da Antártida podem mudar no futuro.
Esta é uma região coberta de gelo por boa parte do ano, e, até esta expedição, o leito marinho nunca havia sido explorado de maneira tão detalhada.
"Esta missão foi além das nossas expectativas em termos de desempenho do veículo e de dados científicos obtidos", disse Julian Dowdeswell, da Universidade de Cambridge, o principal pesquisador da expedição.
O veículo foi construído para suportar enorme pressão, e pode atingir profundidades de até 6,5 quilômetros.
Calota polar
Um dos 15 mergulhos do veículo britânico, a 600 metros de profundidade, revelou em detalhes, pela primeira vez, uma série de canais nas rochas que mostram a história glacial da Antártida.
Água resultante do derretimento da calota de gelo fluía por estes canais subglaciais que, ao contrário de rios normais, tinha cursos ascendentes e descendentes por causa da pressão do gelo.
Além da pesquisa geológica, a equipe também observou a fauna da área.
Os pesquisadores se interessaram especialmente em descobrir mais sobre o quanto a distribuição das populações de diferentes espécies foi alterada com a mudança das condições da Baía de Marguerite, disse Paul Tyler, biólogo do Centro Nacional de Oceanografia.
Segundo ele, muitas esponjas foram vistas em locais mais rasos, enquanto em águas profundas os pesquisadores ficaram surpresos com a grande quantidade de estrelas-do-mar.
A equipe também encontrou um caranguejo gigante a uma profundidade de mil metros. A presença dessa criatura em local considerado ainda raso pode ser um sinal de mudanças climáticas - acredita-se que há milhões de anos a criatura não se dirigia tanto ao sul por preferir águas mais quentes.
Isis, o primeiro veículo britânico por controle remoto para a exploração das profundezas, registrou imagens e recolheu dados do leito do mar, submergindo 3,5 quilômetros, na Baía de Marguerite, no oeste da Península da Antártida.
A embarcação fotografou caranguejos gigantes, anêmonas e esponjas em uma expedição de três semanas.
Também registrou a presença, pela primeira vez, de "canais de derretimento do gelo", que vão ajudar no entendimento de como as geleiras da Antártida podem mudar no futuro.
Esta é uma região coberta de gelo por boa parte do ano, e, até esta expedição, o leito marinho nunca havia sido explorado de maneira tão detalhada.
"Esta missão foi além das nossas expectativas em termos de desempenho do veículo e de dados científicos obtidos", disse Julian Dowdeswell, da Universidade de Cambridge, o principal pesquisador da expedição.
O veículo foi construído para suportar enorme pressão, e pode atingir profundidades de até 6,5 quilômetros.
Calota polar
Um dos 15 mergulhos do veículo britânico, a 600 metros de profundidade, revelou em detalhes, pela primeira vez, uma série de canais nas rochas que mostram a história glacial da Antártida.
Água resultante do derretimento da calota de gelo fluía por estes canais subglaciais que, ao contrário de rios normais, tinha cursos ascendentes e descendentes por causa da pressão do gelo.
Além da pesquisa geológica, a equipe também observou a fauna da área.
Os pesquisadores se interessaram especialmente em descobrir mais sobre o quanto a distribuição das populações de diferentes espécies foi alterada com a mudança das condições da Baía de Marguerite, disse Paul Tyler, biólogo do Centro Nacional de Oceanografia.
Segundo ele, muitas esponjas foram vistas em locais mais rasos, enquanto em águas profundas os pesquisadores ficaram surpresos com a grande quantidade de estrelas-do-mar.
A equipe também encontrou um caranguejo gigante a uma profundidade de mil metros. A presença dessa criatura em local considerado ainda raso pode ser um sinal de mudanças climáticas - acredita-se que há milhões de anos a criatura não se dirigia tanto ao sul por preferir águas mais quentes.