Com Chávez, Venezuela corre risco de conflito interno, diz ONG
da BBC, em Londres
Um relatório publicado nesta sexta-feira pela organização não-governamental International Crisis Group, especializada em análises de conflitos, alerta que o estilo de governo do presidente venezuelano Hugo Chávez coloca seu país "em risco de enfrentar um sério conflito interno".
"Se Chávez continuar a construir seu poder pessoal às custas de outras instituições e a militarizar o governo e a vida política, haverá um risco muito grave de um conflito interno, especialmente se os ingressos provenientes do petróleo caírem", afirma Alain Deletroz, diretor da ONG para a América Latina e um dos autores do estudo.
Intitulado "Venezuela: A Revolução de Hugo Chávez", o relatório avalia que o presidente venezuelano "polariza a sociedade" e "desmonta os mecanismos de controle do sistema democrático", sob o disfarce de uma "democracia direta ou participativa".
A ONG observa que, depois de oito anos no poder, o mandatário está enfrentando uma "grande frustração social devido à crescente criminalidade, ineficiência do governo, corrupção e distanciamento das distintas facções políticas".
Reações violentas
Segundo o estudo, três possíveis cenários podem complicar a situação de Chávez no país. O mais provável seria uma queda no preço do petróleo a tal ponto que não seria mais possível ao governo manter o atual nível de gastos sociais.
Outra hipótese é que a oposição se fortaleça e consiga o controle da Assembléia Nacional, o que poderia levar os chavistas a "apelar à violência como último recurso para defender o regime".
Os especialistas também consideram possível que o próprio círculo de Chávez desafie o poder do presidente.
"A polarização social e o acúmulo de tensões podem resultar em violência se Chávez não se comportar de forma mais contida", diz o relatório.
"Se Chávez continuar a construir seu poder pessoal às custas de outras instituições e a militarizar o governo e a vida política, haverá um risco muito grave de um conflito interno, especialmente se os ingressos provenientes do petróleo caírem", afirma Alain Deletroz, diretor da ONG para a América Latina e um dos autores do estudo.
Intitulado "Venezuela: A Revolução de Hugo Chávez", o relatório avalia que o presidente venezuelano "polariza a sociedade" e "desmonta os mecanismos de controle do sistema democrático", sob o disfarce de uma "democracia direta ou participativa".
A ONG observa que, depois de oito anos no poder, o mandatário está enfrentando uma "grande frustração social devido à crescente criminalidade, ineficiência do governo, corrupção e distanciamento das distintas facções políticas".
Reações violentas
Segundo o estudo, três possíveis cenários podem complicar a situação de Chávez no país. O mais provável seria uma queda no preço do petróleo a tal ponto que não seria mais possível ao governo manter o atual nível de gastos sociais.
Outra hipótese é que a oposição se fortaleça e consiga o controle da Assembléia Nacional, o que poderia levar os chavistas a "apelar à violência como último recurso para defender o regime".
Os especialistas também consideram possível que o próprio círculo de Chávez desafie o poder do presidente.
"A polarização social e o acúmulo de tensões podem resultar em violência se Chávez não se comportar de forma mais contida", diz o relatório.