Homem neolítico era intolerante ao leite, diz pesquisa
da BBC, em Londres
Os homens do período neolítico não tinham a capacidade de digerir leite, de acordo com pesquisadores da University College de Londres.
O estudo, publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, analisou esqueletos de adultos que viveram na Europa entre 5480 e 5000 AC, o período Neolítico.
Acredita-se que esses esqueletos pertençam às primeiras comunidades de agricultores europeus.
Para digerir leite, os adultos precisam do gene produtor da enzima lactase, que quebra as moléculas de lactose, um dos principais açucares presentes na bebida.
O gene da lactase não estava presente no DNA extraído dos esqueletos neolíticos, sugerindo que os europeus do período eram intolerantes ao leite.
Lactase
Sem a lactase, beber leite pode causar inchaço, dores abdominais e diarréia.
“A habilidade de beber leite é um dos traços mais vantajosos que evoluíram nos europeus no passado recente”, disse Mark Thomas, que participou do estudo.
Os cientistas dizem que a rápida disseminação do gene é um perfeito exemplo de evolução.
“Apesar de os benefícios do leite não serem totalmente conhecidos, eles provavelmente incluem a vantagem de um fornecimento constante comparado com (…) as colheitas sazonais, suas propriedades nutritivas e o fato que, ao contrário da água, não é contaminado por parasitas, sendo mais seguro”, disse.
“A habilidade de beber leite deu a alguns dos europeus antigos uma grande vantagem de sobrevivência.”
Sobrevivência
A grande questão para os cientistas é descobrir como a população humana mudou e se aproveitou do leite.
Uma das teorias sugere que pequenos grupos que tinham a capacidade de tolerar a bebida se tornaram dominantes porque podiam criar gado e se aproveitar dos benefícios do leite.
Mas os pesquisadores londrinos dizem que é mais provável que a mutação genética tenha acontecido depois que os homens começaram a criar gado.
Segundo eles, o fato de que os esqueletos analisados não possuem o gene confirma essa teoria.
“É provável que a variante genética surgiu em um indivíduo no norte da Europa e, como era uma grande vantagem, se espalhou rapidamente”, disse Thomas. “Esse é provavelmente o traço genéticos mais vantajosos para os humanos nos últimos 30 mil anos.”
Hoje em dia, mais de 90% da população com origem do norte da Europa tem o gene, mas a intolerância ao leite continua comum nos tempos modernos, de acordo com nutricionistas.
Em algumas partes do mundo, como a Ásia e a África, a maioria das pessoas tem algum nível de intolerância à lactose.
O estudo, publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, analisou esqueletos de adultos que viveram na Europa entre 5480 e 5000 AC, o período Neolítico.
Acredita-se que esses esqueletos pertençam às primeiras comunidades de agricultores europeus.
Para digerir leite, os adultos precisam do gene produtor da enzima lactase, que quebra as moléculas de lactose, um dos principais açucares presentes na bebida.
O gene da lactase não estava presente no DNA extraído dos esqueletos neolíticos, sugerindo que os europeus do período eram intolerantes ao leite.
Lactase
Sem a lactase, beber leite pode causar inchaço, dores abdominais e diarréia.
“A habilidade de beber leite é um dos traços mais vantajosos que evoluíram nos europeus no passado recente”, disse Mark Thomas, que participou do estudo.
Os cientistas dizem que a rápida disseminação do gene é um perfeito exemplo de evolução.
“Apesar de os benefícios do leite não serem totalmente conhecidos, eles provavelmente incluem a vantagem de um fornecimento constante comparado com (…) as colheitas sazonais, suas propriedades nutritivas e o fato que, ao contrário da água, não é contaminado por parasitas, sendo mais seguro”, disse.
“A habilidade de beber leite deu a alguns dos europeus antigos uma grande vantagem de sobrevivência.”
Sobrevivência
A grande questão para os cientistas é descobrir como a população humana mudou e se aproveitou do leite.
Uma das teorias sugere que pequenos grupos que tinham a capacidade de tolerar a bebida se tornaram dominantes porque podiam criar gado e se aproveitar dos benefícios do leite.
Mas os pesquisadores londrinos dizem que é mais provável que a mutação genética tenha acontecido depois que os homens começaram a criar gado.
Segundo eles, o fato de que os esqueletos analisados não possuem o gene confirma essa teoria.
“É provável que a variante genética surgiu em um indivíduo no norte da Europa e, como era uma grande vantagem, se espalhou rapidamente”, disse Thomas. “Esse é provavelmente o traço genéticos mais vantajosos para os humanos nos últimos 30 mil anos.”
Hoje em dia, mais de 90% da população com origem do norte da Europa tem o gene, mas a intolerância ao leite continua comum nos tempos modernos, de acordo com nutricionistas.
Em algumas partes do mundo, como a Ásia e a África, a maioria das pessoas tem algum nível de intolerância à lactose.