'África precisa do Brasil', diz presidente da União Africana
da BBC, em Londres
O presidente da Comissão da União Africana, Alpha Konaré, pediu a cooperação do Brasil para que o continente consiga estabelecer uma nova relação com outras partes do mundo, especialmente os países europeus.
"Temos necessidade do Brasil. Há uma expectativa da nossa parte", afirmou Konaré, em entrevista no Itamaraty junto com o chanceler Celso Amorim' quando foi questionado sobre a política sul-sul do governo brasileiro, criticada por alguns analistas.
"O Brasil sempre colocou a solidariedade e a justiça (na sua relação com outros países). O desafio da África é sair da antiga ordem colonial", afirmou o presidente da União Africana.
Brasil e União Africana também planejam cooperação na área de biocombustíveis. Um seminário sobre o assunto já foi acertado para maio.
Konaré disse que a crescente influência da China na África não significa uma "troca de parceiros", mas uma ampliação das relações do continente com outras partes do mundo, em bases mais justas.
O africano lembrou que o continente terá 1,9 milhão de habitantes em 30 anos e o descreveu como uma bomba-relógio prestes a explodir, com uma população jovem e um mercado em potencial.
"Se houver uma catástrofe na África, seria a causa da maior insegurança no mundo", afirmou Konaré.
Konaré e Amorim também afirmaram que tanto a União Africana quanto o G4 (Brasil, Alemanha, Japão e Índia) têm interesse em retomar o debate para a reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas e chegar a uma proposta de consenso.
Os dois blocos têm propostas parecidas para a reforma, de ampliação dos membros permanentes do conselho de cinco para 11.
A principal diferença é que a União Africana não aceita que os novos membros não tenham direito a veto, algo que o Brasil considera necessário para ampliar as chances de que a reforma seja aprovada pelos outros membros.
O G4 considera que, sem os 53 votos da União Africana, teria dificuldade em aprovar a reforma na Assembléia Geral, que tem 191 membros.
"Temos necessidade do Brasil. Há uma expectativa da nossa parte", afirmou Konaré, em entrevista no Itamaraty junto com o chanceler Celso Amorim' quando foi questionado sobre a política sul-sul do governo brasileiro, criticada por alguns analistas.
"O Brasil sempre colocou a solidariedade e a justiça (na sua relação com outros países). O desafio da África é sair da antiga ordem colonial", afirmou o presidente da União Africana.
Brasil e União Africana também planejam cooperação na área de biocombustíveis. Um seminário sobre o assunto já foi acertado para maio.
Konaré disse que a crescente influência da China na África não significa uma "troca de parceiros", mas uma ampliação das relações do continente com outras partes do mundo, em bases mais justas.
O africano lembrou que o continente terá 1,9 milhão de habitantes em 30 anos e o descreveu como uma bomba-relógio prestes a explodir, com uma população jovem e um mercado em potencial.
"Se houver uma catástrofe na África, seria a causa da maior insegurança no mundo", afirmou Konaré.
Konaré e Amorim também afirmaram que tanto a União Africana quanto o G4 (Brasil, Alemanha, Japão e Índia) têm interesse em retomar o debate para a reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas e chegar a uma proposta de consenso.
Os dois blocos têm propostas parecidas para a reforma, de ampliação dos membros permanentes do conselho de cinco para 11.
A principal diferença é que a União Africana não aceita que os novos membros não tenham direito a veto, algo que o Brasil considera necessário para ampliar as chances de que a reforma seja aprovada pelos outros membros.
O G4 considera que, sem os 53 votos da União Africana, teria dificuldade em aprovar a reforma na Assembléia Geral, que tem 191 membros.