PIB em dólar cresceu 20% em 2006, diz Goldman Sachs
da BBC, em Londres
Com a valorização do real e a expansão de 2,9% da economia, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 20% em dólar no ano passado, segundo os dados do banco Goldman Sachs, em Londres.
De US$ 796 bilhões em 2005, a economia brasileira atingiu US$ 956 bilhões no ano passado, abrindo a distância que separa o país de outros emergentes, como o México e a Coréia do Sul (veja quadro)
Jim O'Neill, economista-chefe do Goldman Sachs, disse que o salto do PIB em dólares se deve à valorização do real frente à moeda norte-americana.
A taxa de câmbio média passou de 2,34 em 2005 para 2,14 no ano passado, ele afirmou.
"Isto é positivo. Quer dizer que o poder de compra dos brasileiros aumentou no ano passado", disse.
Desde o início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002, o país dobrou o tamanho de sua economia em dólares, e se mantém à frente de Índia e Rússia, que, junto com a China e o Brasil, formam o chamado grupo dos BRIC.
Por ser o Brasil, entre estes, o país que menos cresce, o governo brasileiro está sob pressão para elevar o ritmo do crescimento econômico do país.
Mas a taxa de crescimento perseguida, de 5% ao ano, não é consenso entre os analistas, que preferem apostar em cerca de 3,5% nos próximos dois anos.
O Goldman Sachs estima que o crescimento brasileiro nesta década – entre 2000 e 2010 – será em média 3,1%, que Jim O’Neill avalia como "um bom resultado".
"O Brasil não precisa crescer tanto quanto os outros, à diferença do que muita gente estranhamente crê", afirma o economista-chefe. "O Brasil se encontra em um estágio mais avançado."
Se mantiver o crescimento a uma média de 3,5% ao ano, o país ainda se manteria entre os BRIC no horizonte dos próximos 30 anos.
Juntas, as economias dos BRIC superariam as dos sete países mais ricos do mundo em 2050. O Brasil estaria na 5ª ou 6ª posição, de acordo com as pesquisas do Goldman Sachs.
Governo Lula
Mas o passo contido da economia brasileira sob o governo Lula também suscita críticas.
Em um relatório recente, a agência de classificação de risco Fitch Ratings levantou dúvidas sobre a capacidade do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), anunciado em janeiro, de dar fôlego à economia.
"O programa não aborda os grandes obstáculos estruturais para o crescimento, incluindo um ambiente medíocre para o investimento privado", avalia o relatório.
Dados compilados pela agência mostram que o Brasil investe mais que outros países emergentes para gerar a mesma medida de crescimento, porque a eficiência do investimento é menor.
"Com financiamentos do BNDES e de outras instituições representando 40% do total de empréstimos no Brasil - algo sem paralelo em outros países semelhantes - os mercados financeiros não conseguem funcionar propriamente e direcionar capital para os projetos mais lucrativos", diz a Fitch.
A esse passo, o Brasil precisaria de dois anos para ter sua atual recomendação de investimento elevada.
Jim O'Neill, do Goldman Sachs, acredita que esta é uma crítica "injusta". Ele lembrou que, nos quatro anos do governo Lula, o país teve um desempenho melhor que a dinâmica Coréia do Sul.
"As pessoas subestimam um dado muito importante: Lula presidiu por quatro anos um país que não viveu nenhuma crise. É notável."
"Mas as pessoas dão muito pouco crédito a isso."
De US$ 796 bilhões em 2005, a economia brasileira atingiu US$ 956 bilhões no ano passado, abrindo a distância que separa o país de outros emergentes, como o México e a Coréia do Sul (veja quadro)
Jim O'Neill, economista-chefe do Goldman Sachs, disse que o salto do PIB em dólares se deve à valorização do real frente à moeda norte-americana.
A taxa de câmbio média passou de 2,34 em 2005 para 2,14 no ano passado, ele afirmou.
"Isto é positivo. Quer dizer que o poder de compra dos brasileiros aumentou no ano passado", disse.
Desde o início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002, o país dobrou o tamanho de sua economia em dólares, e se mantém à frente de Índia e Rússia, que, junto com a China e o Brasil, formam o chamado grupo dos BRIC.
Por ser o Brasil, entre estes, o país que menos cresce, o governo brasileiro está sob pressão para elevar o ritmo do crescimento econômico do país.
Mas a taxa de crescimento perseguida, de 5% ao ano, não é consenso entre os analistas, que preferem apostar em cerca de 3,5% nos próximos dois anos.
O Goldman Sachs estima que o crescimento brasileiro nesta década – entre 2000 e 2010 – será em média 3,1%, que Jim O’Neill avalia como "um bom resultado".
"O Brasil não precisa crescer tanto quanto os outros, à diferença do que muita gente estranhamente crê", afirma o economista-chefe. "O Brasil se encontra em um estágio mais avançado."
Se mantiver o crescimento a uma média de 3,5% ao ano, o país ainda se manteria entre os BRIC no horizonte dos próximos 30 anos.
Juntas, as economias dos BRIC superariam as dos sete países mais ricos do mundo em 2050. O Brasil estaria na 5ª ou 6ª posição, de acordo com as pesquisas do Goldman Sachs.
Governo Lula
Mas o passo contido da economia brasileira sob o governo Lula também suscita críticas.
Em um relatório recente, a agência de classificação de risco Fitch Ratings levantou dúvidas sobre a capacidade do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), anunciado em janeiro, de dar fôlego à economia.
"O programa não aborda os grandes obstáculos estruturais para o crescimento, incluindo um ambiente medíocre para o investimento privado", avalia o relatório.
Dados compilados pela agência mostram que o Brasil investe mais que outros países emergentes para gerar a mesma medida de crescimento, porque a eficiência do investimento é menor.
"Com financiamentos do BNDES e de outras instituições representando 40% do total de empréstimos no Brasil - algo sem paralelo em outros países semelhantes - os mercados financeiros não conseguem funcionar propriamente e direcionar capital para os projetos mais lucrativos", diz a Fitch.
A esse passo, o Brasil precisaria de dois anos para ter sua atual recomendação de investimento elevada.
Jim O'Neill, do Goldman Sachs, acredita que esta é uma crítica "injusta". Ele lembrou que, nos quatro anos do governo Lula, o país teve um desempenho melhor que a dinâmica Coréia do Sul.
"As pessoas subestimam um dado muito importante: Lula presidiu por quatro anos um país que não viveu nenhuma crise. É notável."
"Mas as pessoas dão muito pouco crédito a isso."