América Latina 'é região mais vulnerável a crise mundial'
da BBC, em Londres
O mundo está entrando em uma nova fase de turbulência, e a América Latina está particularmente vulnerável a elas, indica um relatório da consultoria britânica Economist Intelligence Unit (EIU).
"A grande necessidade de financiamento (externo), motivado pela necessidade de rolar dívidas externas substanciais, permanece uma preocupação."
"Em alguns países, o populismo e o nacionalismo são crescentes, e devem desacelerar o volume do investimento nos mercados afetados", diz a análise, sem contudo citar países específicos.
Para a consultoria, um exemplo dos novos tempos de instabilidade foi a reação das principais bolsas de valores do mundo aos eventos da China e nos Estados Unidos.
Os dois motores econômicos do planeta têm desequilíbrios econômicos capazes de ameaçar a economia global. Nos Estados Unidos, a economia em desaceleração terá impacto sobretudo na América Latina, dependente da economia americana.
Já uma crise na China, grande consumidora de diversas commodities, como soja e minério de ferro produzidos pelo Brasil, poderia rebaixar o preço internacional das matérias-primas e desferir um golpe às economias latino-americanas.
Mas a especialista em América Latina da consultoria, Justine Thody, disse que "não haverá uma crise nas proporções da asiática de 1997".
"Quanto a isso, podemos ficar tranqüilos. Muitos dos desequilíbrios que existiam no passado não existem mais", ela afirmou.
Correções
A economista se refere ao fato de, hoje em dia, muitos países latino-americanos registrarem fortes superávits comerciais, o que reduz a necessidade de financimento externo.
Por outro lado, o crescimento tem sido modesto - no caso do Brasil, a previsão é de algo entre 3,2% e 3,8% ao ano nos próximos cinco anos - e as dívidas públicas, se caíram nos últimos anos, ainda permanecem altas: em torno de 50% do PIB no Brasil e 70% na Argentina.
Esse seria o calcanhar de Aquiles latino-americano no caso de uma crise gerada nas maiores economias.
Para a consultoria, as atuais projeções econômicas nos EUA não justificam os ganhos verificados até recentemente em Wall Street. Nos últimos meses, os mercados de ações americanos subiram apesar da desaceleração da economia e do mercado imobiliário.
Já as ações nos mercados emergentes, diz o documento, estão excessivamente valorizadas.
Qualquer "correção" de investidores a esta realidade poderia ocasionar a venda em massa de ações de mercados emergentes, como ocorreu em maio e junho do ano passado.
"A grande necessidade de financiamento (externo), motivado pela necessidade de rolar dívidas externas substanciais, permanece uma preocupação."
"Em alguns países, o populismo e o nacionalismo são crescentes, e devem desacelerar o volume do investimento nos mercados afetados", diz a análise, sem contudo citar países específicos.
Para a consultoria, um exemplo dos novos tempos de instabilidade foi a reação das principais bolsas de valores do mundo aos eventos da China e nos Estados Unidos.
Os dois motores econômicos do planeta têm desequilíbrios econômicos capazes de ameaçar a economia global. Nos Estados Unidos, a economia em desaceleração terá impacto sobretudo na América Latina, dependente da economia americana.
Já uma crise na China, grande consumidora de diversas commodities, como soja e minério de ferro produzidos pelo Brasil, poderia rebaixar o preço internacional das matérias-primas e desferir um golpe às economias latino-americanas.
Mas a especialista em América Latina da consultoria, Justine Thody, disse que "não haverá uma crise nas proporções da asiática de 1997".
"Quanto a isso, podemos ficar tranqüilos. Muitos dos desequilíbrios que existiam no passado não existem mais", ela afirmou.
Correções
A economista se refere ao fato de, hoje em dia, muitos países latino-americanos registrarem fortes superávits comerciais, o que reduz a necessidade de financimento externo.
Por outro lado, o crescimento tem sido modesto - no caso do Brasil, a previsão é de algo entre 3,2% e 3,8% ao ano nos próximos cinco anos - e as dívidas públicas, se caíram nos últimos anos, ainda permanecem altas: em torno de 50% do PIB no Brasil e 70% na Argentina.
Esse seria o calcanhar de Aquiles latino-americano no caso de uma crise gerada nas maiores economias.
Para a consultoria, as atuais projeções econômicas nos EUA não justificam os ganhos verificados até recentemente em Wall Street. Nos últimos meses, os mercados de ações americanos subiram apesar da desaceleração da economia e do mercado imobiliário.
Já as ações nos mercados emergentes, diz o documento, estão excessivamente valorizadas.
Qualquer "correção" de investidores a esta realidade poderia ocasionar a venda em massa de ações de mercados emergentes, como ocorreu em maio e junho do ano passado.