'Diplomacia do etanol' traz Bush ao Brasil, diz Economist
da BBC, em Londres
A visita do presidente americano, George W. Bush, ao Brasil é parte do esforço dos Estados Unidos de promover a “diplomacia do etanol” na América Latina, afirma a edição publicada nesta quinta-feira da revista britânica The Economist.
“‘Diplomacia do Etanol’ será um foco da turnê de Bush pela América Latina”, afirma a reportagem Combustível por amizade da revista.
A revista destaca que apesar de o governo americano ter anunciado a meta de fazer com que a participação do etanol cresça para 130 bilhões de litros na matriz energética do país, Bush “não tentou remover a tarifa de 54 centavos de dólar que a América impõe no etanol importado, em favor do lobby poderoso dos seus fazendeiros”.
“Ainda assim, em 8 de março, Bush e Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente do Brasil, devem fechar um acordo com intenção de incentivar os biocombustíveis”, afirma a reportagem.
Bush x Chávez
Além do etanol, a revista destaca que a passagem de Bush pela América Latina – que ainda incluirá Uruguai, Colômbia, Guatemala e México – tem como objetivo enfrentar a influência do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, no continente.
Até mesmo a “diplomacia do etanol” estaria relacionada com o que a Economist chama de “batalha regional pela influência” da região.
“Apesar de a meta principal de Bush ser independência energética, ele provavelmente preferiria ser dependente do etanol de países amigáveis, como Brasil e Colômbia, do que do petróleo de lugares hostis, como Irã e Venezuela”, diz a reportagem.
No editorial Sr. Bush viaja ao Sul, a revista afirma que Bush não deveria falar sobre a Venezuela durante sua viagem, e se concentrar em assuntos importantes para a região, como etanol no Brasil, narcotráfico na Colômbia e imigração no México.
Uruguai
“Bush deveria, por enquanto, se concentrar menos no que ele gostaria que o resto da América Latina fizesse com Chávez e mais no que os Estados Unidos podem fazer pelo resto da América Latina.”
Em outra reportagem sobre a viagem de Bush, intitulada Férias de primavera, a revista diz ser pouco provável que os Estados Unidos transformem o Acordo Marco de Comércio e Investimento (sigla TIFA, em inglês) assinado com o Uruguai em um Tratado de Livre Comércio (TLC), ameaçando a permanência de Montevidéu no Mercosul.
“Os Estados Unidos provavelmente não vão querer ofender o Brasil pressionando por um tipo de acordo assim”, afirma a Economist.
“Além disso, com os democratas agora no controle do Congresso em Washington, é pouco provável que um acordo viesse à tona.”
“‘Diplomacia do Etanol’ será um foco da turnê de Bush pela América Latina”, afirma a reportagem Combustível por amizade da revista.
A revista destaca que apesar de o governo americano ter anunciado a meta de fazer com que a participação do etanol cresça para 130 bilhões de litros na matriz energética do país, Bush “não tentou remover a tarifa de 54 centavos de dólar que a América impõe no etanol importado, em favor do lobby poderoso dos seus fazendeiros”.
“Ainda assim, em 8 de março, Bush e Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente do Brasil, devem fechar um acordo com intenção de incentivar os biocombustíveis”, afirma a reportagem.
Bush x Chávez
Além do etanol, a revista destaca que a passagem de Bush pela América Latina – que ainda incluirá Uruguai, Colômbia, Guatemala e México – tem como objetivo enfrentar a influência do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, no continente.
Até mesmo a “diplomacia do etanol” estaria relacionada com o que a Economist chama de “batalha regional pela influência” da região.
“Apesar de a meta principal de Bush ser independência energética, ele provavelmente preferiria ser dependente do etanol de países amigáveis, como Brasil e Colômbia, do que do petróleo de lugares hostis, como Irã e Venezuela”, diz a reportagem.
No editorial Sr. Bush viaja ao Sul, a revista afirma que Bush não deveria falar sobre a Venezuela durante sua viagem, e se concentrar em assuntos importantes para a região, como etanol no Brasil, narcotráfico na Colômbia e imigração no México.
Uruguai
“Bush deveria, por enquanto, se concentrar menos no que ele gostaria que o resto da América Latina fizesse com Chávez e mais no que os Estados Unidos podem fazer pelo resto da América Latina.”
Em outra reportagem sobre a viagem de Bush, intitulada Férias de primavera, a revista diz ser pouco provável que os Estados Unidos transformem o Acordo Marco de Comércio e Investimento (sigla TIFA, em inglês) assinado com o Uruguai em um Tratado de Livre Comércio (TLC), ameaçando a permanência de Montevidéu no Mercosul.
“Os Estados Unidos provavelmente não vão querer ofender o Brasil pressionando por um tipo de acordo assim”, afirma a Economist.
“Além disso, com os democratas agora no controle do Congresso em Washington, é pouco provável que um acordo viesse à tona.”