OMS subestima epidemia de diabete, diz estudo

da BBC, em Londres

Um estudo do Instituto para Ciências Clínicas de Avaliação, em Toronto, no Canadá, descobriu indícios de que as previsões da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o crescimento dos casos de diabete no mundo podem ter sido muito subestimadas.

A pesquisa conduzida pela equipe da médica Lorraine Lipscombe descobriu que, entre 1995 e 2005, o surgimento de novos casos de diabete na cidade canadense de Ontario subiu 69%, uma diferença radical comparada à previsão global da OMS de 60% até 2030, atingindo 6,4% da população.

A maioria dos casos examinados pela equipe da doutora Lipscombe envolvia casos de diabete do tipo 2, ou seja, a variante não-dependente de insulina e que freqüentemente está associada à obesidade.

"Diante deste crescimento linear nos casos, mais de 10% da população adulta de Ontario vai ter um diagnóstico de diabete até 2010", escreveu a equipe canadense na revista médica especializada The Lancet.

Imigrantes asiáticos

Os médicos calculam que, se tendências semelhantes estiverem sendo registradas em outros países desenvolvidos, a proporção da epidemia de diabete vai ser muito maior do que o previsto até hoje.

Um dos motivos para o crescimento radical da doença em Ontario poderia ser a chegada de muitos imigrantes do sul da Ásia, que seriam mais predispostos à diabete.

Mesmo assim, de acordo com os pesquisadores, o estudo pode ter apontado uma tendência de conseqüências potencialmente dramáticas.

A diabete pode levar a vários outros problemas de saúde graves como cegueira e doenças cardíacas.

A OMS estima que o número de pacientes de diabete no mundo saltou de 30 milhões para 181 milhões entre 1985 e 2000.

Em todo o mundo, 4,6% dos adultos com mais de 20 anos sofrem da doença.

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