Chávez manda fechar fábrica da Coca-Cola por 48 horas
da BBC, em Londres
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, mandou fechar por 48 horas a fábrica da Coca-Cola no país, um dos principais símbolos do investimento americano no exterior.
O governo venezuelano argumentou que a fábrica, que desde 2003 pertence a investidores mexicanos, não vinha pagando corretamente seus impostos.
Em um comunicado, a Coca-Cola Femsa, maior fábrica do refrigerante na região, de acordo com a imprensa venezuelana, negou a acusação e disse que "paga tributos em dia e respeita as leis fiscais do país".
A empresa acrescentou ainda que, apesar da decisão oficial, continuará a funcionar na Venezuela. A Coca-Cola possui 32 representações que empregam 7,4 mil pessoas no país.
A medida do governo Chávez faz parte do programa "evasão zero" e foi anunciada nesta semana pelo Serviço Nacional Integrado de Administração Alfandegária e Tributária (Seniat).
Nacionalização
Assim que foi eleito pela terceira vez, em dezembro do ano passado, o presidente Hugo Chávez anunciou a nacionalização de diferentes setores, dentro do que chamou de "socialismo do século 21".
A nacionalização, informou Chávez, atingiria, entre outras, as empresas transnacionais de petróleo Exxon Movil e Chevron, dos Estados Unidos, além da francesa Total e da britânica British Petroleum.
O líder venezuelano disse que essas companhias teriam que se submeter ao controle da estatal PDVSA. No setor de telecomunicações, a empresa privada CANTV, com participação da americana Verizon Communications, passaria à administração e poder do Estado.
Na área de energia elétrica, o alvo foi a EDC, controlada pela americana AES Corporation, especializada na produção e distribuição do setor.
No mês passado, o grupo americano assinou acordo com o governo Chávez, com a venda de sua parcela de 82% no negócio, e abriu caminho para a nacionalização.
Bush
Os anúncios de Chávez provocaram críticas públicas do presidente dos Estados Unidos e de outras autoridades americanas.
Dona da maior reserva de petróleo do mundo e quinto maior exportador mundial do produto, a Venezuela liderada por Chávez vive uma queda de braço cada vez mais intensa com o governo Bush. Em seus discursos, o líder venezuelano costuma dizer que é preciso "derrotar o imperialismo".
O anúncio do fechamento temporário da fábrica da Coca-Cola na Venezuela ocorre a poucas horas do início de um giro do presidente americano George W. Bush por cinco países da América Latina, incluindo o Brasil.
A Venezuela não faz parte da lista de países que serão visitados por Bush. Durante a viagem do presidente americano por Brasil, Uruguai, Colômbia, Guatemala e México, Chávez viajará para Argentina e Bolívia, que também ficaram de fora da agenda de Bush pela América Latina.
O governo venezuelano argumentou que a fábrica, que desde 2003 pertence a investidores mexicanos, não vinha pagando corretamente seus impostos.
Em um comunicado, a Coca-Cola Femsa, maior fábrica do refrigerante na região, de acordo com a imprensa venezuelana, negou a acusação e disse que "paga tributos em dia e respeita as leis fiscais do país".
A empresa acrescentou ainda que, apesar da decisão oficial, continuará a funcionar na Venezuela. A Coca-Cola possui 32 representações que empregam 7,4 mil pessoas no país.
A medida do governo Chávez faz parte do programa "evasão zero" e foi anunciada nesta semana pelo Serviço Nacional Integrado de Administração Alfandegária e Tributária (Seniat).
Nacionalização
Assim que foi eleito pela terceira vez, em dezembro do ano passado, o presidente Hugo Chávez anunciou a nacionalização de diferentes setores, dentro do que chamou de "socialismo do século 21".
A nacionalização, informou Chávez, atingiria, entre outras, as empresas transnacionais de petróleo Exxon Movil e Chevron, dos Estados Unidos, além da francesa Total e da britânica British Petroleum.
O líder venezuelano disse que essas companhias teriam que se submeter ao controle da estatal PDVSA. No setor de telecomunicações, a empresa privada CANTV, com participação da americana Verizon Communications, passaria à administração e poder do Estado.
Na área de energia elétrica, o alvo foi a EDC, controlada pela americana AES Corporation, especializada na produção e distribuição do setor.
No mês passado, o grupo americano assinou acordo com o governo Chávez, com a venda de sua parcela de 82% no negócio, e abriu caminho para a nacionalização.
Bush
Os anúncios de Chávez provocaram críticas públicas do presidente dos Estados Unidos e de outras autoridades americanas.
Dona da maior reserva de petróleo do mundo e quinto maior exportador mundial do produto, a Venezuela liderada por Chávez vive uma queda de braço cada vez mais intensa com o governo Bush. Em seus discursos, o líder venezuelano costuma dizer que é preciso "derrotar o imperialismo".
O anúncio do fechamento temporário da fábrica da Coca-Cola na Venezuela ocorre a poucas horas do início de um giro do presidente americano George W. Bush por cinco países da América Latina, incluindo o Brasil.
A Venezuela não faz parte da lista de países que serão visitados por Bush. Durante a viagem do presidente americano por Brasil, Uruguai, Colômbia, Guatemala e México, Chávez viajará para Argentina e Bolívia, que também ficaram de fora da agenda de Bush pela América Latina.