EUA demonstram otimismo em negociação com Coréia do Norte
da BBC, em Londres
Depois de dois dias de reuniões, o secretário de Estado adjunto americano, Christopher Hill, disse que as negociações entre os Estados Unidos e a Coréia do Norte a respeito da possível normalização das relações entre os dois países foram "muito boas".
"Foram discussões muito boas", disse Hill a repórteres em Nova York, ao fim do segundo dia de reuniões com o vice-ministro de Relações Exteriores da Coréia do Norte, Kim Kye-gwan.
O negociador coreano também manifestou satisfação com o encontro, que descreveu como "construtivo e sério".
Segundo Hill, há uma "sensação de otimismo" a respeito do acordo firmado no mês passado, em que a Coréia do Norte aceitou dar o primeiro passo para abandonar seu programa nuclear.
"Eu diria que há uma sensação de otimismo de ambos os lados de que nós conseguiremos atravessar esse período de 60 dias e atingiremos todos os objetivos do acordo firmado em 13 de fevereiro", afirmou.
Pelo acordo - que envolveu, além dos dois países, a China, a Coréia do Sul, o Japão e a Rússia -, o governo de Pyongyang concordou em fechar seu reator nuclear de Yongbyon, o principal do país, em um prazo de 60 dias.
Em troca, a Coréia do Norte deverá receber 50 mil toneladas de combustíveis em doações. Outras 950 mil toneladas de petróleo foram prometidas, assim que o reator estiver permanentemente desativado e inspetores internacionais tenham acesso às instalações.
Dúvidas
As reuniões em Nova York marcam um passo histórico em busca da normalização das relações diplomáticas entre Estados Unidos e Coréia do Norte, depois de mais de 50 anos de hostilidades, iniciadas quando os americanos lideraram uma força internacional contra o Norte durante a Guerra da Coréia, de 1950 a 1953.
Entre os temas em discussão estão a designação da Coréia do Norte pelos Estados Unidos como "Estado terrorista" e a possibilidade de suspensão de sanções contra o país asiático.
Também nesta terça-feira, antes das declarações de Hill, o subsecretário de Estado americano, John Negroponte, alertou que a Coréia do Norte deve fazer uma declaração completa de todas as suas atividades nucleares.
A omissão de qualquer detalhe "teria o efeito de minar a confiança em todo esse acordo", disse Negroponte, em visita à Coréia do Sul.
Negroponte afirmou esperar que a declaração descreva o programa de enriquecimento de urânio do governo de Pyongyang.
Na semana passada, foram levantadas dúvidas a respeito das informações dos serviços de inteligência dos Estados Unidos sobre a existência desse programa.
No ano passado, a Coréia do Norte realizou um teste com uma bomba nuclear, mas usou plutônio, e não urânio.
"Não tenho dúvidas de que a Coréia do Norte tem um programa de enriquecimento de urânio, e esse foi e continua sendo o julgamento de nosso serviço de inteligência", disse Negroponte.
"Foram discussões muito boas", disse Hill a repórteres em Nova York, ao fim do segundo dia de reuniões com o vice-ministro de Relações Exteriores da Coréia do Norte, Kim Kye-gwan.
O negociador coreano também manifestou satisfação com o encontro, que descreveu como "construtivo e sério".
Segundo Hill, há uma "sensação de otimismo" a respeito do acordo firmado no mês passado, em que a Coréia do Norte aceitou dar o primeiro passo para abandonar seu programa nuclear.
"Eu diria que há uma sensação de otimismo de ambos os lados de que nós conseguiremos atravessar esse período de 60 dias e atingiremos todos os objetivos do acordo firmado em 13 de fevereiro", afirmou.
Pelo acordo - que envolveu, além dos dois países, a China, a Coréia do Sul, o Japão e a Rússia -, o governo de Pyongyang concordou em fechar seu reator nuclear de Yongbyon, o principal do país, em um prazo de 60 dias.
Em troca, a Coréia do Norte deverá receber 50 mil toneladas de combustíveis em doações. Outras 950 mil toneladas de petróleo foram prometidas, assim que o reator estiver permanentemente desativado e inspetores internacionais tenham acesso às instalações.
Dúvidas
As reuniões em Nova York marcam um passo histórico em busca da normalização das relações diplomáticas entre Estados Unidos e Coréia do Norte, depois de mais de 50 anos de hostilidades, iniciadas quando os americanos lideraram uma força internacional contra o Norte durante a Guerra da Coréia, de 1950 a 1953.
Entre os temas em discussão estão a designação da Coréia do Norte pelos Estados Unidos como "Estado terrorista" e a possibilidade de suspensão de sanções contra o país asiático.
Também nesta terça-feira, antes das declarações de Hill, o subsecretário de Estado americano, John Negroponte, alertou que a Coréia do Norte deve fazer uma declaração completa de todas as suas atividades nucleares.
A omissão de qualquer detalhe "teria o efeito de minar a confiança em todo esse acordo", disse Negroponte, em visita à Coréia do Sul.
Negroponte afirmou esperar que a declaração descreva o programa de enriquecimento de urânio do governo de Pyongyang.
Na semana passada, foram levantadas dúvidas a respeito das informações dos serviços de inteligência dos Estados Unidos sobre a existência desse programa.
No ano passado, a Coréia do Norte realizou um teste com uma bomba nuclear, mas usou plutônio, e não urânio.
"Não tenho dúvidas de que a Coréia do Norte tem um programa de enriquecimento de urânio, e esse foi e continua sendo o julgamento de nosso serviço de inteligência", disse Negroponte.