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Suspeito de vazar documentos secretos nos EUA é indiciado

Imagem área do Pentágono, em foto de 12 de maio de 2021 - Air Force Tech. Sgt. Brittany A. Chase
Imagem área do Pentágono, em foto de 12 de maio de 2021 Imagem: Air Force Tech. Sgt. Brittany A. Chase

14/04/2023 14h43Atualizada em 14/04/2023 15h30

Jack Teixeira, suspeito de divulgar documentos altamente sigilosos dos Estados Unidos sobre a guerra na Ucrânia, foi formalmente acusado nesta sexta-feira (14/04) e ficará preso até a audiência de detenção, na próxima quarta-feira, decidiu o tribunal federal de Boston.

O militar da Guarda Nacional Aérea de Massachusetts, de 21 anos, descendente de portugueses, foi acusado de "retenção e transmissão não autorizadas de informações de defesa nacional", segundo a TV americana CNN, citando documentos do tribunal. Ele também responderá por "remoção e retenção não autorizadas de documentos ou materiais sigilosos".

De macacão cáqui, Jack só se pronunciou duas vezes durante a breve audiência, respondendo "sim" quando o juiz lhe perguntou se compreendia seu direito de permanecer em silêncio.

A certa altura, durante a audiência, um homem gritou, do fundo do tribunal, "Eu te amo, Jack", ao que o indiciado respondeu, sem se virar: "Te amo também, pai." Ele não apresentou recurso contra a decisão do magistrado.

Indícios comprometedores

Investigadores do FBI, a polícia federal dos EUA, detiveram Jack na quinta-feira, na casa de sua família em North Dighton, Massachusetts, com base em pistas que o apontam como responsável por um vazamento de documentos secretos dos Estados Unidos.

Registros de faturação de uma plataforma de comunicação social na internet permitiram ao FBI a identificar o suspeito, de acordo com os autos do tribunal consultados pela agência de notícias americana AP.

Natural de Swansea, no mesmo estado, o militar Jack começou a divulgar os documentos na plataforma de chat Discord, mas seu alcance explodiu em março, quando um usuário espalhou os documentos a outros grupos com mais membros.

Os arquivos detalham a avaliação americana da guerra na Ucrânia e dados sobre o status das forças russas, bem como material sensível sobre o Canadá, China, Israel e Coreia do Sul.