Hamas divulga vídeo com dois reféns de Gaza

O grupo extremista Hamas divulgou neste sábado (27) mais um vídeo de propaganda em que aparecem com vida dois dos cerca de 100 reféns que continuam retidos na Faixa de Gaza, após mais de 200 dias de conflito armado com Israel.

Na gravação, que dura pouco mais de três minutos, ambos pedem ao governo de Israel um acordo de cessar-fogo, para poderem voltar a casa.

Um deles é o cidadão americano Keith Siegel, de 64 anos, cuja esposa também foi sequestrada em 7 de outubro de 2023 do kibutz Kfar Aza, e liberada durante a trégua de novembro. O outro chama-se Omri Miran, de 46 anos, levado do kibutz Nir Oz.

Embora não seja possível saber se o vídeo é recente, Siegel se refere, chorando, ao Pessach, a Páscoa judaica que transcorre por estes dias; enquanto Miran diz estar cativo há 202 dias.

No vídeo anterior do Hamas desse gênero, o israelo-americano Hersh Goldberg-Polin, de 23 anos, criticava o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e seu governo por não fazerem o suficiente para liberar os reféns.

Críticas à falta de engajamento de Netanyahu pelos reféns

O Fórum das Famílias de Reféns e Desaparecidos, que representa os sequestrados israelenses do 7 de outubro em Gaza, declarou que a divulgação do atual vídeo deveria impulsionar Netanyahu a intensificar os esforços para liberar todos os reféns, em negociações indiretas com o Hamas, visando uma trégua no conflito militar.

"A prova de vida de Keith Siegel e Omri Miran é a prova mais clara de que o governo de Israel deve fazer todo o possível para aprovar um acordo para o regresso de todos os reféns antes do Dia da Independência [14 de maio]. Os vivos devem retornar para sua recuperação, e os assassinados devem receber um enterro digno", exigiu o Fórum.

Além de causarem cerca de 1.200 mortes, nos inesperados ataques do 7 de Outubro em solo israelense, integrantes do Hamas sequestraram cerca de 250 indivíduos. Uma centena foi liberada durante a trégua de uma semana em novembro. Israel estima que, dos 129 que permaneceram em Gaza, 34 já teriam morrido. O grupo Hamas é classificado como terrorista pela União Europeia e os Estados Unidos.

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