Cairo, 30 nov (EFE).- Pelo menos 50 jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI) e 23 combatentes das forças curdas e rebeldes morreram no sábado em enfrentamentos e bombardeios no enclave curdo sírio de Kobani, informou neste domingo o Observatório Sírio de Direitos Humanos.

Cinco dos membros do EI que morreram eram suicidas, eles explodiram carros-bomba e um cinto explosivo.

As outras mortes nas fileiras jihadistas aconteceram em choques com as Unidades de Proteção do Povo Curdo e com brigadas rebeldes, além de em bombardeios da aviação da coalizão internacional.

O Observatório informou que pelo menos 12 combatentes de brigadas rebeldes e 11 das forças curdas morreram nos enfrentamentos com o EI.

Os combates se estenderam ao território turco, nos arredores da passagem fronteiriça que conecta a Síria com a Turquia em Kobani.

As autoridades turcas pediram às Unidades de Proteção do Povo Curdo que retornem ao território sírio, e garantiram já ter recuperado o controle da área, segundo o Observatório.

As forças curdas avançaram nos arredores de Kobani, na estrada que conduz à cidade de Aleppo, enquanto o EI lançou um total de 160 projéteis contra diferentes pontos do enclave curdo.

O EI iniciou uma ofensiva contra Kobani em 16 de setembro e, após avançar rapidamente nas primeiras semanas, teve seu progresso barrado depois da chegada, no fim de outubro, de reforços de brigadas rebeldes e de "peshmergas", forças curdas enviadas pelo governo autônomo do Curdistão do Iraque.

Os curdos também são apoiados pela coalizão internacional liderada pelos EUA, que bombardeia posições dos radicais nessa região.

Kobani, localizada na província de Aleppo, é um dos três principais enclaves curdos da Síria, junto a Afrín, também em Aleppo, e Al Jazeera, em Al Hasaka, no nordeste do país.