Protesto perante Senado de Roma contra reforma laboral deixa vários feridos
-
Reuters
O cantor e compositor Paul McCartney
Segundo a Agência Efe pôde comprovar, os distúrbios entre policiais e manifestantes tiveram origem na praça de Largo Argentina, onde foram lançados ovos nos carros dos policiais que bloqueavam as ruas adjacentes ao Senado, onde a lei era debatida, conhecida como "Jobs Act".
Estas ruas permanecem sob vigilância de um helicóptero que sobrevoa a cidade e de carros policiais, embora o trânsito já tenho sido restabelecido.
A polícia informou à Agência Efe que "não sabe precisar o número de detidos" porque "a operação segue ativa".
Quanto aos feridos, o jornal "La Repubblica" informa em seu site que o total foi de 15, entre eles "estudantes com a cara ensanguentada".
Os manifestantes, alguns dos quais eram membros do sindicato USI (Unione Sindacale Italiana) e da Cobas (Confederazione dei Comitati di Base), levaram cartazes e gritaram palavras de ordem contra o "Jobs Act" e diziam levar "as vozes e a raiva dos cidadãos que não se submetem a uma ditadura financeira".
Segundo a Cobas, os participantes do protesto se reuniram durante a manhã na basílica de Sant'Andrea della Vale, desde onde se dirigiram ao Senado com o objetivo de cercá-lo, sem conseguir.
A "Jobs Act", aprovada pela câmara e em trâmite no Senado, é uma das pedras angulares do programa do primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, com a qual pretende incentivar o emprego e ajudar a Itália a sair da recessão na qual está imersa.
O acordo prevê uma proteção gradual dos trabalhadores, pela qual só com o tempo de trabalho poderão obter alguns direitos, entre eles poder ser readmitido em caso de demissão.
Tal fato implicaria em uma modificação da legislação italiana atual, o que provocou o protesto dos sindicatos e a convocação de uma greve geral em todo o país para o próximo dia 12.