Obama prepara retirada de tropas do Iraque em reunião com líder do país
Washington, 11 dez (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, preparará nesta segunda-feira com o primeiro-ministro iraquiano, Nouri al-Maliki, o futuro de um Iraque sem tropas americanas, no primeiro ato de uma semana que dedicará a marcar o fim da guerra.
Obama deve tratar com o primeiro-ministro, de acordo com a Casa Branca, "a saída das forças militares americanas do Iraque" e os esforços "para começar um novo capítulo na aliança estratégica integral entre Estados Unidos e Iraque".
Será o primeiro encontro entre os líderes desde que Obama anunciou em outubro o fim da presença militar no Iraque, por causa da falta de um acordo com Bagdá para manter um contingente de milhares de soldados além de 31 de dezembro.
A reunião representa o primeiro ato em uma semana na qual Obama quer se concentrar na retirada dos últimos soldados americanos que ainda permanecem no Iraque e marcar o fim da guerra, uma promessa na qual baseou sua campanha eleitoral em 2008.
Na terça-feira, ele deve conceder entrevistas a uma série de emissoras de televisão para falar sobre do fim da guerra e questões econômicas.
No dia seguinte, ele viajará com sua esposa, Michelle, até a base militar de Fort Bragg, na Carolina do Norte. De acordo com a Casa Branca, a visita acontece porque Obama quer falar diretamente com as tropas e suas famílias.
As enquetes apontam que três em cada quatro americanos respaldam a retirada, uma iniciativa que também encontrou amplo apoio no país árabe. Apesar disso, a oposição republicana reprovou que Obama não tenha conseguido um acordo com Bagdá para manter uma presença militar no país.
Atualmente permanecem no Iraque cerca de 8 mil militares americanos. Quando Obama anunciou a retirada definitiva, o Iraque tinha cerca de 40 mil soldados, dos quais apenas 200 permanecerão no país até a cerimônia que lembrará o final da guerra, em 30 ou 31 de dezembro.
Tanto o Pentágono quanto a Casa Branca defenderam que o Iraque é hoje um país muito mais seguro e os níveis de violência são os mais baixos desde o início da guerra. Entretanto, alguns analistas apontaram o risco de um retorno da violência após a retirada das tropas. EFE