Ucrânia confirma que frustrou, junto com Rússia, atentado contra Putin
O Serviço de Segurança da Ucrânia confirmou nesta segunda-feira que junto com os serviços secretos russos frustrou um atentado contra o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin.
A porta-voz da pasta, Marina Ostapenko, também confirmou às agências locais que os dois suspeitos de preparar o atentado foram detidos no porto ucraniano de Odessa.
Horas antes o "Canal Um" da televisão russa tinha informado que os serviços secretos de ambos os países detiveram no começo do ano Ilya Pianzin e Adam Osmaev, que preparavam o atentado contra Putin, o principal candidato na Presidência russa nas eleições do próximo domingo.
Pianzin foi capturado em janeiro após uma explosão acidental que aconteceu quando junto com um cúmplice, Ruslan Madaev, aprendiam a preparar explosivos em uma casa que alugavam na cidade ucraniana.
Madaev morreu após a explosão, enquanto Pianzin foi capturado ferido no local do acidente por agentes de segurança ucranianos.
Durante seu interrogatório revelou o nome do outro cúmplice Osmaev, sobre quem pesava uma ordem de busca e captura internacional.
Uma vez detido Osmaev, ambos confessaram que iam realizar o atentado contra Putin depois das eleições presidenciais.
Com este objetivo chegaram à Ucrânia vindos da Arábia Saudita após receber instruções de Doku Umarov, chefe guerrilheiro e terrorista mais procurado da Rússia.
O grupo terrorista "Emirado Caucásio" liderado por Umarov está na lista de organizações vinculadas a Al Qaeda elaborada pelo Conselho de Segurança da ONU.
O porta-voz de Putin, Dmitri Peskov, se absteve de comentar a notícia divulgada pelo "Canal Um".
"As ameaças contra políticos importantes são frequentes, portanto não é uma notícia impactante. Além disso, pelo visto, desta vez se trata de um atentado preparado por fanáticos", disse à Agência Efe Aleksandr Shatilov, analista político russo.