UE condena golpe em Mali e pede a volta da ordem constitucional


Em Bruxelas

  • Harouna Traore/AP

    Civis caminham entre pneus em chamas que simbolizam apoio aos soldados amotinados, em Bamaco

    Civis caminham entre pneus em chamas que simbolizam apoio aos soldados amotinados, em Bamaco

A União Europeia (UE) condenou nesta quinta-feira (22) o golpe militar em Mali e reivindicou o retorno da ordem constitucional o mais rapidamente possível.

"Condenamos a tomada do poder pelos militares e a suspensão da Constituição", disse em uma breve declaração o porta-voz de Catherine Ashton, a chefe da diplomacia comunitária.

Segundo a UE, o poder constitucional deve restabelecer-se "assim que for possível", além de serem preservadas "em toda circunstância" a segurança e a liberdade do povo de Mali.

O bloco europeu deve fazer pública uma reação oficial à situação no país africano nas próximas horas, segundo explicou o porta-voz de Ashton, Michael Mann.

Os militares malineses amotinados, que tomaram ontem (21) a sede da rádio e da televisão estatais na capital, Bamaco, anunciaram hoje a dissolução de todas as instituições do Estado e a suspensão da Constituição.


Os amotinados justificaram sua ação em particular pela incapacidade do Governo para solucionar a crise no norte do país, onde o grupo independentista tuaregue Movimento Nacional de Libertação de Azawad (MNLA) pegou em armas em janeiro.

Além disso, acusam o governo de ser incapaz de fazer frente ao terrorismo e de não poder dotar o Exército dos meios suficientes para desenvolver seu trabalho.

O norte de Mali, cuja independência é reivindicada pelo MNLA, é também um dos principais redutos na região do grupo terrorista Al Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI). O paradeiro do presidente do país, Amadou Toumani Touré, é desconhecido.

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