Índia e Brasil defendem reforma de organismos decisórios internacionais

Nova Délhi, 30 mar (EFE).- Os governos da Índia e do Brasil defenderam nesta sexta-feira em Nova Délhi a união de forças para reformar os principais organismos multilaterais e aumentar o peso de seus países nos órgãos decisórios dos mesmos.

"Emergimos como novos polos de crescimento na economia global e estipulamos o aumento de nossas consultas sobre a reforma do governo internacional", disse o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, em entrevista coletiva concedida no palacete de Hyderabad.

Singh, que compareceu ao evento ao lado da presidente Dilma Rousseff, que está em visita à Índia, enfatizou a remodelação das Nações Unidas e seu Conselho de Segurança, assim como do Grupo dos Vinte (G20, que reúne os países ricos e os principais emergentes).

"A ampla e rica relação é fundamental para a influência na agenda internacional", indicou Dilma, que acrescentou organismos multilaterais de crédito como o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI) à lista de Singh.

As partes, acompanhadas de extensas delegações, assinaram três memorandos de entendimento sobre cooperação técnica, ciência e biotecnologia, além de uma declaração em favor da igualdade de gênero, e prorrogaram acordos educativos já existentes.

Singh e Dilma destacaram a importância de continuar aprofundando sua relação estratégica "em qualquer âmbito" e fizeram um pedido para promover mais intercâmbios em setores como a cooperação nuclear e o comércio.

Dilma chegou nesta terça-feira ao país asiático para participar da quarta cúpula do bloco dos Brics, que agrupa as duas potências, além da China, Rússia e África do Sul.

Após o encerramento do fórum, a presidente aproveitou para fazer uma visita de Estado à Índia, cuja agenda principal está marcada para esta sexta.

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