Com prêmio Nobel como candidata, birmaneses votam em eleições legislativas

Em Yangun (Mianmar)

As zonas eleitorais de Mianmar abriram suas portas neste domingo (1º) para eleições legislativas parciais do país, que tem como um dos candidatos a líder da oposição e Nobel da Paz de 1991, Aung San Suu Kyi.

Aproximadamente seis milhões de birmaneses estão aptos para votar entre mais de mil candidatos de 17 partidos políticos. Serão escolhidos 45 legisladores, que ocuparão 37 cadeiras do Parlamento, seis do Senado e duas das assembléias regionais.

Estão em disputa menos de 7% das vagas do Senado e do Parlamento. As eleições colocam lado a lado a Liga Nacional pela Democracia, de Aung San Suu Kyi, e o Partido do Desenvolvimento e Solidariedade da União, dos ex-generais da junta militar, que mantiveram sob prisão domiciliar à líder oposicionista por 15 anos nas últimas duas décadas.

O partido de Suu Kyi e o liderado pelo presidente birmanês e ex-primeiro-ministro na última etapa de regime militar, Thein Sem, são os únicos que têm candidatos em todas as numerosas circunscrições eleitorais do país, a maioria localizada nas zonas rurais.

A votação está sendo realizada após o chefe das Forças Armadas, o general Min Aung Hlaing, rejeitar nesta semana qualquer tentativa de reforma da Constituição que reduza o poder político dos militares.

Durante sua campanha, Suu Kyi defendeu uma diminuição das cadeiras do Congresso destinadas aos membros das Forças Armadas.

A Constituição de 2008, aprovada durante o regime militar, reserva para os chefes e oficiais das Forças Armadas 110 vagas das 440 que compõem o Parlamento, e 56 das 224 do Senado.

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