Mesmo com visita da ONU, regime sírio mata 60 pessoas, dizem opositores

Cairo, 23 abr (EFE).- Pelo menos 60 pessoas morreram nesta segunda-feira por repressão do regime sírio, a maioria na cidade de Hama, enquanto os observadores da ONU continuam sua visita ao país, segundo grupos opositores.

Em comunicado, a rede de ativistas Comitês de Coordenação Local (CCL) informou sobre a morte de 60 pessoas, 37 delas em Hama, enquanto a Comissão Geral da Revolução elevou o número total para 66. Um ativista de Hama, identificado como Abu Hisham, disse à agência Efe que a cidade foi alvo de "bombardeios e massacres".

Um dia depois da missão da ONU visitar a cidade, o CCL informou que as forças do regime também dispararam contra os civis e identificaram onze mortos por bala. Sobre a situação, o Conselho Nacional Sírio (CNS), principal órgão da oposição, denunciou que os ataques são atos de vingança pelo regime contra os civis.

"O regime sírio castiga a população civil que recebeu os observadores e contaram uma parte de seu sofrimento", disse o CNS, que pediu a aceleração do envio do resto de observadores.

A outra zona mais castigada foi a localidade de Yaryanaz, em Idleb, onde morreram entre 17 e 14 pessoas, segundo as fontes consultadas pela Agência Efe. O ativista Mujahid al Daguim, que se encontra no local, explicou que o massacre aconteceu com os disparos de um tanque contra uma moradia.

O CCL ainda falou que as forças de segurança abriram fogo contra uma manifestação pacífica na localidade de Duma, na periferia de Damasco, visitada nesta segunda pelos observadores.

No último domingo, a delegação da ONU visitou Al Rastan, na província central de Homs, um dos centros da oposição, disse à Efe o ativista Wasim Saadedin, que acompanhou os observadores. "Houve uma reunião e várias visitas ao local, nas quais mostramos os danos causados pelos bombardeios nas casas de Al Rastan aos observadores", contou o opositor.

Segundo o porta-voz adjunto das Nações Unidas, Eduardo Del Buey, a chegada dos primeiros 30 observadores será concluída no final de abril. No entanto, não especificou quando será feito o envio do total de 300 funcionários da ONU.

Os observadores têm a missão supervisionar o cumprimento do plano de paz, em vigor desde no último dia 12, que estipula a suspensão das hostilidades. Além disso, vigiam a retirada dos tanques das cidades, a liberação dos detidos de forma arbitrária e o início de um diálogo entre o Governo e a oposição, entre outros pontos.

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