Combates ressurgem em campo de refugiados sírio de Yarmouk após oito dias
Jerusalém, 8 mai (EFE).- O reatamento dos combates após mais de uma semana de calma impediu nesta quinta-feira a repartição de alimentos no assediado campo de refugiados de Yarmouk, no sul de Damasco, denunciou hoje a Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA).
Em comunicado, o porta-voz de dita organização em Jerusalém, Chris Gunners, explicou que os grupos de repartição apareceram hoje com as porções de comida na primeira hora do dia, como a cada manhã, na entrada norte de Bateekhah, mas as autoridades pediram que eles fossem embora por conta dos combates.
"A UNRWA expressa sua profunda preocupação com o fato de que após oito dias de distribuição, o conflito armado tenha voltado a interromper a repartição de ajuda humanitária em Yarmouk", explicou.
"Em favor das 18 mil pessoas que estão presas ali, a UNRWA volta a exigir que todas as partes ponham fim às hostilidades e trabalhem para garantir que a repartição volte a acontecer o mais rapidamente possível", acrescentou.
A UNRWA conseguiu entrar em Yarmouk em 1 de maio com a intenção de repartir comida e com o sinal verde prévio dos grupos em conflito, incluíndo o governo de Damasco.
Desde então, membros desta agência da ONU repartiram milhares de rações alimentícias para atenuar o desespero de uma população assediada e com fome, refém do Exército sírio, das milícias armadas rebeldes e dos grupos palestinos.
Em Yarmouk estão certa de 18 mil palestinos dos 160 mil que residiam no local antes de março de 2011, quando explodiu a atual guerra civil na Síria.
Os insurgentes assumiram seu controle em dezembro de 2012 e desde então suas ruas foram palco de enfrentamentos entre grupos opositores e as forças governamentais, apoiadas pelo partido marxista "Frente Popular de Libertação da Palestina-Comando Geral" (FPLP-CG).
Desde julho de 2013, o regime sírio mantém a cidade cercada, um assédio que deteriorou até o extremo as já trágicas condições de vida de seus moradores e causou a morte de pelo menos 100 pessoas pela falta de comida e remédios.
A UNRWA também denunciou hoje que, pelo segundo dia consecutivo, nenhum palestino foi autorizado a atravessar a fronteira da Síria e entrar no Líbano em busca de refúgio.
"A UNRWA continua supervisionando a situação na passagem fronteiriça de Masnaa e pode confirmar que desde as 9h da manhã hora local nenhum refugiado palestino procedente da Síria foi autorizado a entrar", informou o porta-voz em Jerusalém através de um comunicado.
As autoridades palestinas confirmaram na quarta-feira que tinham solicitado às autoridades libanesas que permitam a entrada dos refugiados palestinos que tratam de buscar asilo no país após fugir da guerra da Síria.
A embaixada da Autoridade Nacional Palestina (ANP) no Líbano entrou em contato com autoridades libanesas para negociar o acesso dos refugiados ao país, depois que na semana passada 41 deles foram deportados.
Nos últimos dias, as autoridades libanesas surpreenderam 49 pessoas, entre elas 8 palestinos, utilizando vistos falsos para viajar desde Síria ao Líbano, o que teria motivado um aumento drástico nas medidas de segurança de acesso ao país.EFE
jm/ff
Em comunicado, o porta-voz de dita organização em Jerusalém, Chris Gunners, explicou que os grupos de repartição apareceram hoje com as porções de comida na primeira hora do dia, como a cada manhã, na entrada norte de Bateekhah, mas as autoridades pediram que eles fossem embora por conta dos combates.
"A UNRWA expressa sua profunda preocupação com o fato de que após oito dias de distribuição, o conflito armado tenha voltado a interromper a repartição de ajuda humanitária em Yarmouk", explicou.
"Em favor das 18 mil pessoas que estão presas ali, a UNRWA volta a exigir que todas as partes ponham fim às hostilidades e trabalhem para garantir que a repartição volte a acontecer o mais rapidamente possível", acrescentou.
A UNRWA conseguiu entrar em Yarmouk em 1 de maio com a intenção de repartir comida e com o sinal verde prévio dos grupos em conflito, incluíndo o governo de Damasco.
Desde então, membros desta agência da ONU repartiram milhares de rações alimentícias para atenuar o desespero de uma população assediada e com fome, refém do Exército sírio, das milícias armadas rebeldes e dos grupos palestinos.
Em Yarmouk estão certa de 18 mil palestinos dos 160 mil que residiam no local antes de março de 2011, quando explodiu a atual guerra civil na Síria.
Os insurgentes assumiram seu controle em dezembro de 2012 e desde então suas ruas foram palco de enfrentamentos entre grupos opositores e as forças governamentais, apoiadas pelo partido marxista "Frente Popular de Libertação da Palestina-Comando Geral" (FPLP-CG).
Desde julho de 2013, o regime sírio mantém a cidade cercada, um assédio que deteriorou até o extremo as já trágicas condições de vida de seus moradores e causou a morte de pelo menos 100 pessoas pela falta de comida e remédios.
A UNRWA também denunciou hoje que, pelo segundo dia consecutivo, nenhum palestino foi autorizado a atravessar a fronteira da Síria e entrar no Líbano em busca de refúgio.
"A UNRWA continua supervisionando a situação na passagem fronteiriça de Masnaa e pode confirmar que desde as 9h da manhã hora local nenhum refugiado palestino procedente da Síria foi autorizado a entrar", informou o porta-voz em Jerusalém através de um comunicado.
As autoridades palestinas confirmaram na quarta-feira que tinham solicitado às autoridades libanesas que permitam a entrada dos refugiados palestinos que tratam de buscar asilo no país após fugir da guerra da Síria.
A embaixada da Autoridade Nacional Palestina (ANP) no Líbano entrou em contato com autoridades libanesas para negociar o acesso dos refugiados ao país, depois que na semana passada 41 deles foram deportados.
Nos últimos dias, as autoridades libanesas surpreenderam 49 pessoas, entre elas 8 palestinos, utilizando vistos falsos para viajar desde Síria ao Líbano, o que teria motivado um aumento drástico nas medidas de segurança de acesso ao país.EFE
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