Incerteza marca último dia antes das eleições presidenciais no Egito
Cairo, 15 jun (EFE).- O Egito se prepara para escolher seu próximo presidente entre dois candidatos, o islamita Mohammed Mursi e o ex-dirigente do antigo regime Ahmed Shafiq, dois nomes que suscitam sérias suspeitas no atual momento de convulsão política do país.
A imprevisibilidade sobre o futuro do Egito marcou a jornada de reflexão desta sexta-feira, véspera das eleições presidenciais deste fim de semana.
O principal motivo de apreensão é a sentença anunciada ontem pelo Tribunal Constitucional, que anulou a composição do Parlamento dominado pelos islamitas e deu sinal verde para a candidatura de Shafiq, o que acrescentou ainda mais dúvidas ao processo de transição democrática que vive o Egito desde a renúncia de Hosni Mubarak, em fevereiro de 2011.
Conscientes do que está em jogo, a Irmandade Muçulmana evitou mobilizar seus seguidores e preferiu incentivar os egípcios a votarem em massa para evitar qualquer possível fraude que possa prejudicar seu candidato, Mohammed Mursi.
Em comunicado, a formação islâmica alertou que a decisão da justiça e o recente decreto ministerial que autoriza os militares a prenderem civis são algumas das medidas que estão sendo feitas para preparar o terreno para uma "contra-revolução".
O partido apresenta Mursi como o "candidato da revolução", em contraposição às forças do regime de Mubarak. Por sua parte, Shafiq utilizou sua conta do Twitter para demonstrar sua confiança nos juízes e organizações encarregadas de supervisionar o processo eleitoral.
O último primeiro-ministro da era Mubarak tentou conseguir votos com a promessa da recuperação da economia e da segurança, que ficou bastante prejudicada após a revolução.
Além disso, o general reformado voltou a tentar atrair os revolucionários e a minoria cristã ao defender a liberdade de expressão, a participação política dos jovens e o respeito a todas as religiões dentro de um estado civil.
Nas últimas semanas de campanha, ambos os candidatos tentaram conquistar a confiança dos setores da sociedade que temem o avanço islâmico que representa a Irmandade Muçulmana como um possível retorno ao antigo regime pelas mãos de Shafiq.
Ao todo, 51 milhões de pessoas terão que optar por algum dos dois candidatos, em uma eleição que contará com a supervisão de mais de 14 mil juízes, divididos em 13.100 zonas eleitorais pelo país.
Segundo divulgou hoje a agência de notícias "Mena", os colégios eleitorais abrirão suas portas nos próximos dois dias às 8h local (3h de Brasília) e fecharão às 20h local (15h de Brasília).
No domingo, após o fechamento das urnas, será iniciada a apuração dos votos, embora os resultados só serão conhecidos na próxima quinta-feira, acrescentou a agência.
Com a atenção na realização das eleições, a reação nas ruas contra a decisão do tribunal foi morna, apesar de várias forças políticas terem classificado a medida de "golpe de Estado".
Em comparação com as massivas manifestações anteriores, nesta sexta-feira apenas centenas de pessoas se concentraram em cidades como Cairo ou Alexandria para protestar contra a dissolução do Parlamento e a permanência de Shafiq na disputa eleitoral.
Depois que a Junta Militar anunciou que retomou o poder legislativo devido à dissolução do Parlamento, persistem as dúvidas se os militares cumprirão seu compromisso e entregarão o poder a uma autoridade civil em 30 de junho.
Também segue sem definições o futuro da Assembleia encarregada de redigir a futura Constituição, formada esta semana apesar do boicote das forças liberais, assim como os poderes do novo presidente, o que acrescenta ainda mais incerteza ao processo.
A imprevisibilidade sobre o futuro do Egito marcou a jornada de reflexão desta sexta-feira, véspera das eleições presidenciais deste fim de semana.
O principal motivo de apreensão é a sentença anunciada ontem pelo Tribunal Constitucional, que anulou a composição do Parlamento dominado pelos islamitas e deu sinal verde para a candidatura de Shafiq, o que acrescentou ainda mais dúvidas ao processo de transição democrática que vive o Egito desde a renúncia de Hosni Mubarak, em fevereiro de 2011.
Conscientes do que está em jogo, a Irmandade Muçulmana evitou mobilizar seus seguidores e preferiu incentivar os egípcios a votarem em massa para evitar qualquer possível fraude que possa prejudicar seu candidato, Mohammed Mursi.
Em comunicado, a formação islâmica alertou que a decisão da justiça e o recente decreto ministerial que autoriza os militares a prenderem civis são algumas das medidas que estão sendo feitas para preparar o terreno para uma "contra-revolução".
O partido apresenta Mursi como o "candidato da revolução", em contraposição às forças do regime de Mubarak. Por sua parte, Shafiq utilizou sua conta do Twitter para demonstrar sua confiança nos juízes e organizações encarregadas de supervisionar o processo eleitoral.
O último primeiro-ministro da era Mubarak tentou conseguir votos com a promessa da recuperação da economia e da segurança, que ficou bastante prejudicada após a revolução.
Além disso, o general reformado voltou a tentar atrair os revolucionários e a minoria cristã ao defender a liberdade de expressão, a participação política dos jovens e o respeito a todas as religiões dentro de um estado civil.
Nas últimas semanas de campanha, ambos os candidatos tentaram conquistar a confiança dos setores da sociedade que temem o avanço islâmico que representa a Irmandade Muçulmana como um possível retorno ao antigo regime pelas mãos de Shafiq.
Ao todo, 51 milhões de pessoas terão que optar por algum dos dois candidatos, em uma eleição que contará com a supervisão de mais de 14 mil juízes, divididos em 13.100 zonas eleitorais pelo país.
Segundo divulgou hoje a agência de notícias "Mena", os colégios eleitorais abrirão suas portas nos próximos dois dias às 8h local (3h de Brasília) e fecharão às 20h local (15h de Brasília).
No domingo, após o fechamento das urnas, será iniciada a apuração dos votos, embora os resultados só serão conhecidos na próxima quinta-feira, acrescentou a agência.
Com a atenção na realização das eleições, a reação nas ruas contra a decisão do tribunal foi morna, apesar de várias forças políticas terem classificado a medida de "golpe de Estado".
Em comparação com as massivas manifestações anteriores, nesta sexta-feira apenas centenas de pessoas se concentraram em cidades como Cairo ou Alexandria para protestar contra a dissolução do Parlamento e a permanência de Shafiq na disputa eleitoral.
Depois que a Junta Militar anunciou que retomou o poder legislativo devido à dissolução do Parlamento, persistem as dúvidas se os militares cumprirão seu compromisso e entregarão o poder a uma autoridade civil em 30 de junho.
Também segue sem definições o futuro da Assembleia encarregada de redigir a futura Constituição, formada esta semana apesar do boicote das forças liberais, assim como os poderes do novo presidente, o que acrescenta ainda mais incerteza ao processo.