Assad adverte que países que apoiam o "terrorismo" pagarão caro

  • KCNA/AFP

    Atrás de Kim Jong-un, de branco (à esquerda), aparece uma jovem misteriosa, que é provavelmente a esposa do líder norte-coreano

    Atrás de Kim Jong-un, de branco (à esquerda), aparece uma jovem misteriosa, que é provavelmente a esposa do líder norte-coreano

Damasco, 16 jul (EFE).- O presidente sírio, Bashar al Assad, advertiu nesta quarta-feira aos estados que apoiam o "terrorismo" que pagarão um preço alto por isso, em discurso após tomar posse para seu terceiro mandato de sete anos.

"Em breve, veremos países árabes, regionais e ocidentais, que apoiam o terrorismo, pagar um preço caro", disse Assad, sem definir os nomes dos Estados, embora já tenha acusado outras vezes o Catar, a Arábia Saudita e a Turquia, entre outros.

O líder, no poder desde 2000, pronunciou essas palavras ao tomar posse como presidente diante dos membros do parlamento no Palácio Presidencial.

Ele prometeu que na nova fase que se inicia a luta "antiterrorista" continuará: "Renovo meu apelo aos que foram enganados para usar as armas contra o Estado para que se rendam, porque não pararemos a luta contra o terrorismo até que restabeleçamos a segurança em todas as partes do país", disse.

Para o líder alauita, a Síria é alvo de uma agressão "que não tem como alvo nem as pessoas nem o governo, mas a pátria".

Assad anunciou que as autoridades iniciarão um diálogo nacional sobre o futuro, no qual não estarão convidados aqueles que "demonstraram não ser patriotas".

Nesse sentido, e dirigindo-se à oposição, apontou que seu governo dialogará "com as forças sírias que estão no exterior como se fossem representantes dos países a que são fiéis".

Assad foi o vencedor das eleições presidenciais de 4 de junho, nas quais obteve 88,7% dos votos.

Sobre sua vitória eleitoral, comentou que "os sírios venceram de todas as formas o medo e aos terroristas com o referendo (constitucional) e as eleições, e resistiram sob fogo e fizeram o inimigo fracassar".

"Olhamos para o futuro com maior confiança. - acrescentou - Acreditamos que o futuro será nosso e estará nas mãos dos sírios e de ninguém mais".

Para o presidente, com a votação, os cidadãos defenderam a pátria e rejeitaram a "fitna" (discórdia) e a divisão, assim como qualquer forma de terrorismo.

Por outro lado, comentou os últimos fatos na Faixa palestina de Gaza e opinou que "o que acontece na Terra Santa é um plano ocidental para aplicar a supressão e a tirania" na região.

Destacou que os eventos na Síria e a região estão diretamente relacionados com o que acontece na Palestina, e criticou a Liga Árabe pelo que considerou colaboração em manter o bloqueio israelense sobre Gaza.

Ao longo do discurso, que durou uma hora e meia, se mostrou relaxado e até brincou, além de anunciar quais serão as linhas mestras de sua política nos próximos anos, onde a reconstrução do país e a luta contra a corrupção estão entre as prioridades.

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