"Não estão fazendo o suficiente para ajudar os sírios", diz MSF
Paris, 21 ago (EFE).- A Médicos Sem Fronteiras (MSF), que há dois meses enviou uma equipe para a Síria, disse nesta terça-feira que garantir o acesso das organizações humanitários no país é indispensável e denunciou que a comunidade internacional "não está fazendo o suficiente" pela população do país.
O diretor-geral da organização, Filipe Ribeiro, disse que é necessária uma assistência humanitária que não tenha relações com ações políticas e diplomáticas.
"O plano de paz da ONU não funcionou bem, mas não se deve confundir ação humanitária com política. Esperamos que a comunidade internacional nos deixe entrar no país e tratar dos pacientes", disse o representante da associação.
É a primeira vez que a Médicos Sem Fronteiras trabalha no interior da Síria, após várias tentativas fracassadas e "condições de acesso extremamente complexas". Apesar de não se sentirem acuados nem pelo exército nem pelos rebeldes, a associação prefere não divulgar sua localização para garantir a continuidade da missão.
Segundo Ribeiro, as autoridades sírias já comunicaram que a MSF não é bem-vinda e que se encontra em situação ilegal. Porém, embora tenham dito que conhecem a localização da associação, que ficaria em uma zona controlada por rebeldes, não deram sinais de que atacariam a missão.
Desde meados de junho, a associação já atendeu mais de 300 pacientes e realizou cerca de 50 cirurgias na Síria, a maioria delas em pessoas com ferimentos de bala.
"Nossas portas estão abertas para todo o mundo", indicou a cirurgiã Anna Nowak, que insistiu que não interessa saber se o paciente é um combatente ou uma vítima civil, mas "se respira ou não, ou se tem alguma fratura".
O que mais impressionou os voluntários, segundo a cirurgiã, é que as pessoas "após horas ou dias sem cuidados, ainda têm forças para enfrentar as dificuldades do acesso e chegar até nós".
A distribuição de material e de eletricidade e água, segundo o anestesista Brian Moller, encarregado da direção do hospital, é "um desafio".
A organização diz que embora não tenha problemas de recursos o cuidado que estão oferecendo é "insuficiente" e insiste que as organizações humanitárias tenham mais liberdade.
"Gostaríamos de ajudar a todos que necessitem, vamos ver quanto tempo iremos durar", disse Moller.
A MSF evita se pronunciar em termos políticos, mas destaca ter se surpreendido com a solidariedade da população síria - "quando eles viam que precisávamos de sangue, por exemplo, apareciam umas 50 pessoas dispostas a doar"- e de como tentam manter uma vida normal dentro do contexto de instabilidade.
"Gostaria que chegassem a uma solução política, mas tenho a sensação, por enquanto, que responder aos bombardeios é a única forma de manter a luta", concluiu Moller.
O diretor-geral da organização, Filipe Ribeiro, disse que é necessária uma assistência humanitária que não tenha relações com ações políticas e diplomáticas.
"O plano de paz da ONU não funcionou bem, mas não se deve confundir ação humanitária com política. Esperamos que a comunidade internacional nos deixe entrar no país e tratar dos pacientes", disse o representante da associação.
É a primeira vez que a Médicos Sem Fronteiras trabalha no interior da Síria, após várias tentativas fracassadas e "condições de acesso extremamente complexas". Apesar de não se sentirem acuados nem pelo exército nem pelos rebeldes, a associação prefere não divulgar sua localização para garantir a continuidade da missão.
Segundo Ribeiro, as autoridades sírias já comunicaram que a MSF não é bem-vinda e que se encontra em situação ilegal. Porém, embora tenham dito que conhecem a localização da associação, que ficaria em uma zona controlada por rebeldes, não deram sinais de que atacariam a missão.
Desde meados de junho, a associação já atendeu mais de 300 pacientes e realizou cerca de 50 cirurgias na Síria, a maioria delas em pessoas com ferimentos de bala.
"Nossas portas estão abertas para todo o mundo", indicou a cirurgiã Anna Nowak, que insistiu que não interessa saber se o paciente é um combatente ou uma vítima civil, mas "se respira ou não, ou se tem alguma fratura".
O que mais impressionou os voluntários, segundo a cirurgiã, é que as pessoas "após horas ou dias sem cuidados, ainda têm forças para enfrentar as dificuldades do acesso e chegar até nós".
A distribuição de material e de eletricidade e água, segundo o anestesista Brian Moller, encarregado da direção do hospital, é "um desafio".
A organização diz que embora não tenha problemas de recursos o cuidado que estão oferecendo é "insuficiente" e insiste que as organizações humanitárias tenham mais liberdade.
"Gostaríamos de ajudar a todos que necessitem, vamos ver quanto tempo iremos durar", disse Moller.
A MSF evita se pronunciar em termos políticos, mas destaca ter se surpreendido com a solidariedade da população síria - "quando eles viam que precisávamos de sangue, por exemplo, apareciam umas 50 pessoas dispostas a doar"- e de como tentam manter uma vida normal dentro do contexto de instabilidade.
"Gostaria que chegassem a uma solução política, mas tenho a sensação, por enquanto, que responder aos bombardeios é a única forma de manter a luta", concluiu Moller.