Entra em operação primeiro porta-aviões chinês em pleno conflito com Japão
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Xinhua, Zha Chunming/AP
O primeiro porta-aviões das Forças Armadas da China, o "Liaoning", entra em operação no país
O Ministério da Defesa chinês anunciou nesta terça-feira (25) que o primeiro porta-aviões das Forças Armadas do país, o "Liaoning", começou a operar, em um momento de tensão pelo conflito marítimo com o Japão pela soberania das ilhas Diaoyu/Senkaku.
Após um ano de testes, o ELP (Exército de Libertação Popular) celebrou hoje a cerimônia de inauguração da embarcação com a presença de altos funcionários do governo comunista, informou a agência oficial "Xinhua".
O "Liaoning" foi construído em 1985 pela União Soviética, mas após a queda do regime comunista neste país o porta-aviões, na época chamado "Varyag", passou a ser propriedade ucraniana, e a China o adquiriu há 13 anos.
Após anos de remodelações, a primeira viagem de teste do porta-aviões chinês aconteceu em 10 de agosto de 2011, embora até 11 de setembro não se sabousse com que nome a embarcação seria batizado. A imprensa especulou nomes como "Mar Amarelo", "Pequim" ou até "Mao Tsé-tung".
No entanto, segundo as normas do exército chinês, os grandes navios devem receber nomes de províncias do país, enquanto as fragatas podem ser batizadas com nomes de cidades grandes ou médias.
O "Liaoning" está equipado para lançar ataques antimísseis contra aviões e outros navios, embora as autoridades militares chinesas afirmem que seu principal uso será para treinamento.
A inauguração do porta-aviões ocorre em um momento de forte tensão diplomática entre China e o Japão, gerada quando Tóquio adquiriu de um empresário japonês três ilhas do arquipélago Diaoyu/Senkaku, controlado de fato pela administração japonesa mas que Pequim reivindica há décadas.
A China adquiriu no passado outros antigos porta-aviões soviéticos, embora eles tenham se tornado museus ou atrações turísticas.
Ter seu próprio porta-aviões era um velho desejo do governo chinês, que já pensava em adquirir esta embarcação, considerado o auge tecnológico de uma marinha moderna, nos anos 40, antes inclusive da instauração do regime comunista.
O gigante asiático era o único membro permanente do Conselho de Segurança da ONU que não contava com este tipo de navio, e o tema inquietava Pequim, que considerava este fato inadmissível levando em conta o tamanho de seu exército (dois milhões de soldados).
Até agora, os únicos países da Ásia que contavam com este tipo de navio eram a Índia e a Tailândia.