Mogadíscio, 20 out (EFE).- Pelo menos cinco pessoas morreram e um número indeterminado ficou ferido na explosão, ontem à noite, de uma bomba durante a celebração de um casamento no distrito de Hodon, em Mogadíscio, capital da Somália, informaram neste sábado (20) fontes médicas.

Segundo o motorista de uma das ambulâncias que socorreu às vítimas, Khalif Adan, entre os mortos há várias mulheres.

Embora nenhum grupo tenha se responsabilizado pelo ataque, algumas testemunhas manifestaram sua suspeita que radicais islâmicos poderiam estar por trás do atentado.

"Os feridos foram transferidos ao hospital de Banadir em ambulâncias e a maioria deles estão em condição crítica", declarou Xalimo Osman, uma das convidadas da cerimônia.

Por sua parte, Ali Osman, outro dos presentes, disse que "a explosão foi tão forte que acreditamos que se trata de uma bomba (dos radicais islâmicos) de Al Shabab, porque nenhum outro grupo tem a capacidade de pôr uma bomba assim".

A capital da Somália viveu nos últimos anos numerosos ataques e atentados não só dirigidos contra as autoridades e membros do governo do país, mas também contra jornalistas e os próprios civis, a maioria deles obra de Al Shabab, grupo terrorista vinculado à Al Qaeda.

Al Shabab, que durante os últimos seis anos protagonizou uma luta armada contra o governo da Somália para tentar impor a lei islâmica no país, abandonou suas posições de frente da capital da Somália em agosto de 2011, mas seguiram realizando atentados na cidade.

Embora nos últimos meses a Somália viva certa estabilidade, o país vive uma permanente guerra civil desde 1991, quando foi deposto o ditador Mohammed Siad Barre, o que deixou o país nas mãos de senhores da guerra tribais, milícias islâmicas e grupos de criminosos armados.