Ex-presidente peruano Fujimori se queixa de estar "condenado ao silêncio"
O ex-presidente peruano Alberto Fujimori, que cumpre uma pena de 25 anos de prisão, se queixou neste sábado, em carta enviada a um meio de comunicação, de estar também sentenciado ao silêncio, em resposta à recusa das autoridades penitenciárias a que ofereça uma entrevista a uma rádio local.
"Não tenho direito a defender-me, contar minha verdade a um meio sério e objetivo. Estou condenado à prisão e agora também ao silêncio", disse Fujimori na carta escrita por ele e divulgada pela emissora "RPP".
Esta emissora pediu às autoridades penitenciárias uma permissão entrevistar Fujimori na prisão por causa do pedido de indulto que fez ao presidente Ollanta Humala, mas a solicitação foi negada.
Na carta intitulada "Memórias de minha clausura", o ex-presidente sentenciado por abusos aos direitos humanos acrescentou que "esta é uma clausura que sinto mais opressora ao descobrir que não posso comunicar-me com o mundo exterior e falar sobre minha situação".
As declarações que Fujimori quer fazer à imprensa buscam responder aos aparentes privilégios que tem na cela construída especialmente para ele nas instalações da Direção de Operações Especiais da Polícia.