Uruguaio abre fogo em hospital para imitar massacre nos EUA

Montevidéu, 16 dez (EFE).- Um uruguaio de 18 anos causou pânico em um hospital particular da cidade de Paysandu ao disparar três vezes sem causar vítimas, supostamente para imitar o autor do massacre da sexta-feira em uma escola de Newtown (Estados Unidos).

Fontes da Polícia de Paysandu, cidade localizada a 378 a noroeste de Montevidéu, disseram neste domingo à Agência Efe que o incidente aconteceu no sábado às 9h (horário local, 10h de Brasília) e que graças à "rápida" intervenção dos agentes, que em poucos minutos chegaram ao local e renderam o jovem, "não houve lesionados".

O agressor é filho único de uma família de Paysandu, cursava estudos na Universidade do Trabalho do Uruguai e era um "bom estudante", assinalaram as fontes.

"Tirava boas notas mas não se integrava com os demais, sempre estava em seu mundo", explicaram.

A versão da Polícia indica que o especialista legista que o examinou após o incidente determinou que sofre "de uma crise de delírio severa".

Tanto é assim que chegou a dar várias versões diferentes sobre o motivo de sua ação, uma delas que "quando viu o que aconteceu nos Estados Unidos, pensou que tinha que fazer o mesmo", em alusão ao assassinato de 27 pessoas perpetrado na sexta-feira pelo estudante Adam Lanza, de 20 anos, em uma escola de Newtown, em Connecticut.

Por esse motivo, disse o estudante uruguaio, se dirigiu às instalações da universidade, mas ao dar-se conta que estavam fechadas por ser sábado, caminhou quatro quadras até o prédio de uma clínica particular.

Entrou no banheiro e fez um primeiro disparo para se assegurar que a arma funcionava. O segundo disparo foi contra um policial aposentado que se aproximou da área onde estava o jovem e de quem a bala passou muito perto da cabeça.

O terceiro foi contra o teto, enquanto os pacientes da clínica deixavam assustados o lugar e instantes antes de a Polícia chegar e o deter.

Em uma segunda declaração o jovem uruguaio afirmou que sua intenção era na realidade se suicidar e em uma terceira "também disse que era um discípulo de Bin Laden, que ele está vivo e que continua enganando a todos", segundo as autoridades.

"Cada vez que é interrogado diz outra coisa", acrescentou a Polícia à Agência Efe.

O jovem foi levado a uma clínica psiquiátrica após sua detenção e permanecerá lá "durante uma semana com custódia policial" até determinar seu estado de saúde mental.

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