Bersani, o homem que pretende resgatar as políticas de bem-estar na Itália
Roma, 21 fev (EFE).- O líder da coalizão de centro-esquerda italiana, Pier Luigi Bersani, aparece como o candidato disposto a devolver à Itália as políticas sociais truncadas pelas medidas de austeridade impostas pelo Governo de Mario Monti, mas sem abandonar o caminho da recuperação econômica e do crescimento.
O secretário-geral do Partido Democrata (PD) deseja se transformar, com vista nas eleições dos dias 24 e 25 de fevereiro, em uma alternativa à "era berlusconiana". Para isso, o político terá que superar o demissionário primeiro-ministro Mario Monti, que, em seus 13 meses de governo, conseguiu controlar o vendaval econômico deixado por Berlusconi, embora as pesquisas lhe outorguem apenas 16% das intenções de voto.
Apesar de as pesquisas apontarem a coalizão de centro-esquerda como vencedora das eleições com 34% a 38% dos votos, Bersani, de 61 anos, também deverá enfrentar o líder da coalizão de centro-direita, Silvio Berlusconi, um histórico rival do PD e que aparece nas enquetes em segundo lugar com 28% e 30%.
Mas, além de seus rivais diretos em sua corrida em direção à presidência do Governo, pesa agora sobre Bersani a sombra do escândalo do suposto buraco do banco Monte Paschi di Siena, controlado por uma fundação cuja maioria dos membros foi nomeada pela prefeitura de Siena, historicamente nas mãos da esquerda.
Procedente do Partido Comunista italiano, Bersani, que é casado e pai de duas filhas, se apresenta nestas eleições como um candidato que acredita ser capaz de dar um novo rumo à Itália e acabar assim com a "confusão" e "opacidade" que, segundo sua opinião, a direita italiana gerou nos últimos dez anos.
Bersani pretende "ajustar a Itália" com "transparência" e "colaboração", valores que quis evidenciar ao anunciar as primárias no seio da centro-esquerda, das quais saiu como grande vencedor após ter enfrentado o jovem prefeito de Florença, Matteo Renzi, no segundo turno.
Após essa vitória, Bersani, consciente da necessidade e da importância dos votos dirigidos a seu oponente, estendeu a mão Renzi, representante da ala mais liberal da centro-esquerda.
O líder de centro-esquerda também não mantém a porta fechada a uma possível aliança com a coalizão centrista de Mario Monti, apesar do líder do PD ter deixado claro em mais de uma ocasião que o vencedor das eleições será o encarregado de ocupar o cargo de primeiro-ministro.
No entanto, as bases de citada coalizão pós-eleitoral se apresentam bem difusas, já que Bersani expressou que não está disposto a cancelar a aliança que mantém com o líder de Esquerda, Ecologia e Liberdade, Nichi Vendola, com quem Monti já expressou uma "incompatibilidade política".
Com uma longa experiência política nas costas, mas certa falta de carisma, Bersani não duvidou em plantar no Governo tecnocrata questões fundamentais de sua política, como a reforma trabalhista, chegando a ameaçar retirar seu apoio se a mesma fosse modificada.
O homem que presidiu a região de Emilia Romagna de 1993 a 1996, cuja presença midiática ficou eclipsada pela batalha travada entre Monti e Berlusconi, enfrenta o desafio de construir uma força crível na qual os eleitores desacreditados com as medidas de austeridade do Governo de Monti possam confiar.
Após ocupar os ministérios da Indústria, Transporte e Desenvolvimento Econômico, Bersani está disposto a conquistar o Governo com um programa no qual figuram curiosas propostas, como a criação de um sistema fiscal que recaia sobre os grandes patrimônios financeiros e imobiliários para aliviar a pressão sobre os trabalhadores e empresas.
Em caso de vitória, Bersani, que terá de enfrentar um número de desemprego que já supera os 11%, também pretende desenvolver políticas fiscais que incentivem a ocupação feminina e a retomada da "credibilidade das instituições", isso em um país que foi abalado pela corrupção em diversas regiões.
Filho de trabalhadores e formado em Filosofia com uma tese sobre São Gregório Magno, o secretário-geral do Partido Democrata (PD) participou ativamente no processo de renovação da esquerda italiana, como a fundação do PD, nascido da fusão dos Democratas de Esquerda (ex-comunistas) e da centrista Margarida em outubro de 2007.
O secretário-geral do Partido Democrata (PD) deseja se transformar, com vista nas eleições dos dias 24 e 25 de fevereiro, em uma alternativa à "era berlusconiana". Para isso, o político terá que superar o demissionário primeiro-ministro Mario Monti, que, em seus 13 meses de governo, conseguiu controlar o vendaval econômico deixado por Berlusconi, embora as pesquisas lhe outorguem apenas 16% das intenções de voto.
Apesar de as pesquisas apontarem a coalizão de centro-esquerda como vencedora das eleições com 34% a 38% dos votos, Bersani, de 61 anos, também deverá enfrentar o líder da coalizão de centro-direita, Silvio Berlusconi, um histórico rival do PD e que aparece nas enquetes em segundo lugar com 28% e 30%.
Mas, além de seus rivais diretos em sua corrida em direção à presidência do Governo, pesa agora sobre Bersani a sombra do escândalo do suposto buraco do banco Monte Paschi di Siena, controlado por uma fundação cuja maioria dos membros foi nomeada pela prefeitura de Siena, historicamente nas mãos da esquerda.
Procedente do Partido Comunista italiano, Bersani, que é casado e pai de duas filhas, se apresenta nestas eleições como um candidato que acredita ser capaz de dar um novo rumo à Itália e acabar assim com a "confusão" e "opacidade" que, segundo sua opinião, a direita italiana gerou nos últimos dez anos.
Bersani pretende "ajustar a Itália" com "transparência" e "colaboração", valores que quis evidenciar ao anunciar as primárias no seio da centro-esquerda, das quais saiu como grande vencedor após ter enfrentado o jovem prefeito de Florença, Matteo Renzi, no segundo turno.
Após essa vitória, Bersani, consciente da necessidade e da importância dos votos dirigidos a seu oponente, estendeu a mão Renzi, representante da ala mais liberal da centro-esquerda.
O líder de centro-esquerda também não mantém a porta fechada a uma possível aliança com a coalizão centrista de Mario Monti, apesar do líder do PD ter deixado claro em mais de uma ocasião que o vencedor das eleições será o encarregado de ocupar o cargo de primeiro-ministro.
No entanto, as bases de citada coalizão pós-eleitoral se apresentam bem difusas, já que Bersani expressou que não está disposto a cancelar a aliança que mantém com o líder de Esquerda, Ecologia e Liberdade, Nichi Vendola, com quem Monti já expressou uma "incompatibilidade política".
Com uma longa experiência política nas costas, mas certa falta de carisma, Bersani não duvidou em plantar no Governo tecnocrata questões fundamentais de sua política, como a reforma trabalhista, chegando a ameaçar retirar seu apoio se a mesma fosse modificada.
O homem que presidiu a região de Emilia Romagna de 1993 a 1996, cuja presença midiática ficou eclipsada pela batalha travada entre Monti e Berlusconi, enfrenta o desafio de construir uma força crível na qual os eleitores desacreditados com as medidas de austeridade do Governo de Monti possam confiar.
Após ocupar os ministérios da Indústria, Transporte e Desenvolvimento Econômico, Bersani está disposto a conquistar o Governo com um programa no qual figuram curiosas propostas, como a criação de um sistema fiscal que recaia sobre os grandes patrimônios financeiros e imobiliários para aliviar a pressão sobre os trabalhadores e empresas.
Em caso de vitória, Bersani, que terá de enfrentar um número de desemprego que já supera os 11%, também pretende desenvolver políticas fiscais que incentivem a ocupação feminina e a retomada da "credibilidade das instituições", isso em um país que foi abalado pela corrupção em diversas regiões.
Filho de trabalhadores e formado em Filosofia com uma tese sobre São Gregório Magno, o secretário-geral do Partido Democrata (PD) participou ativamente no processo de renovação da esquerda italiana, como a fundação do PD, nascido da fusão dos Democratas de Esquerda (ex-comunistas) e da centrista Margarida em outubro de 2007.
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