Mulher de Mujica diz que para eles incidente com a Argentina está encerrado
Montevidéu, 5 abr (EFE).- A senadora uruguaia Lucía Topolanksy, mulher do presidente José Mujica, disse nesta sexta-feira que para eles está encerrado o incidente com a Argentina causado por uma frase ofensiva atribuída a seu marido sobre a presidente Cristina Kirchner e seu marido falecido, Néstor Kircner.
"Para nós o assunto acabou aqui", disse rapidamente Lucía à emissora de rádio "El Espectador", depois que a chancelaria argentina lamentou "profundamente" na noite da quinta-feira em comunicado as supostas palavras do governante uruguaio.
Vários veículos de imprensa do Uruguai publicaram nesta quinta-feira em suas edições de internet uma gravação de voz com muitas interferências e fora do microfone de uma entrevista coletiva de Mujica transmitida pelo site da Presidência na qual se escuta, embora muito mal, uma pessoa dizendo "essa velha é pior que o vesgo".
A entrevista coletiva aconteceu em Sarandí Grande, no departamento da Florida (Uruguai), e os veículos de imprensa uruguaios disseram que o chefe de Estado lhe disse isso ao intendente dessa região, Carlos Enciso, que paradoxalmente é opositor.
Minutos depois, Mujica negou em declarações exclusivas ao jornal "A República" "dar bola" para os veículos que lhe atribuem a frase.
Além de Lucía, por enquanto apenas outro membro do governo se pronunciou sobre o assunto, o presidente da companhia petrolífera estatal Ancap, Raúl Sendic, que nesta manhã admitiu à emissora de rádio "Universal" que o incidente pode ter consequências.
"A única coisa que isso envolve é que vamos remar mais", disse Sendic, da governista Frente Ampla e filho do fundador da guerrilha tupamaro, na qual Mujica militou no passado.
"Vamos ver se essa reação do lado argentino dá em algo", acrescentou o diretor.
Segundo o comunicado do governo argentino, o ministro das Relações Exteriores, Héctor Timerman, entregou na quinta-feira uma carta ao embaixador do Uruguai em Buenos Aires, Guillermo Pomi, em que são considerados "inaceitáveis" e "denigridores" os comentários sobre Kirchner.
Os comentários "ofendem a memória e a posse de uma pessoa morta, que não pode responder nem se defender", diz a carta, que acrescenta que foram realizados "por alguém que o Doutor Kirchner considerava seu amigo".
A Chancelaria argentina considera que as relações históricas que uniram os dois países "não deveriam ser afetadas por expressões que ofendem quem representou e representa a República Argentina e seu povo".
A nota esclarece também que a presidente "não vai fazer qualquer comentário".
Representantes da oposição uruguaia concordaram hoje que Mujica deveria pedir perdão a Cristina.
Enquanto isso, as palavras atribuídas ao líder se transformaram em um fenômeno das redes sociais em uma e outra margem do Rio de La Plata, além de aparecer na capa dos jornais desta sexta-feira.
"Para nós o assunto acabou aqui", disse rapidamente Lucía à emissora de rádio "El Espectador", depois que a chancelaria argentina lamentou "profundamente" na noite da quinta-feira em comunicado as supostas palavras do governante uruguaio.
Vários veículos de imprensa do Uruguai publicaram nesta quinta-feira em suas edições de internet uma gravação de voz com muitas interferências e fora do microfone de uma entrevista coletiva de Mujica transmitida pelo site da Presidência na qual se escuta, embora muito mal, uma pessoa dizendo "essa velha é pior que o vesgo".
A entrevista coletiva aconteceu em Sarandí Grande, no departamento da Florida (Uruguai), e os veículos de imprensa uruguaios disseram que o chefe de Estado lhe disse isso ao intendente dessa região, Carlos Enciso, que paradoxalmente é opositor.
Minutos depois, Mujica negou em declarações exclusivas ao jornal "A República" "dar bola" para os veículos que lhe atribuem a frase.
Além de Lucía, por enquanto apenas outro membro do governo se pronunciou sobre o assunto, o presidente da companhia petrolífera estatal Ancap, Raúl Sendic, que nesta manhã admitiu à emissora de rádio "Universal" que o incidente pode ter consequências.
"A única coisa que isso envolve é que vamos remar mais", disse Sendic, da governista Frente Ampla e filho do fundador da guerrilha tupamaro, na qual Mujica militou no passado.
"Vamos ver se essa reação do lado argentino dá em algo", acrescentou o diretor.
Segundo o comunicado do governo argentino, o ministro das Relações Exteriores, Héctor Timerman, entregou na quinta-feira uma carta ao embaixador do Uruguai em Buenos Aires, Guillermo Pomi, em que são considerados "inaceitáveis" e "denigridores" os comentários sobre Kirchner.
Os comentários "ofendem a memória e a posse de uma pessoa morta, que não pode responder nem se defender", diz a carta, que acrescenta que foram realizados "por alguém que o Doutor Kirchner considerava seu amigo".
A Chancelaria argentina considera que as relações históricas que uniram os dois países "não deveriam ser afetadas por expressões que ofendem quem representou e representa a República Argentina e seu povo".
A nota esclarece também que a presidente "não vai fazer qualquer comentário".
Representantes da oposição uruguaia concordaram hoje que Mujica deveria pedir perdão a Cristina.
Enquanto isso, as palavras atribuídas ao líder se transformaram em um fenômeno das redes sociais em uma e outra margem do Rio de La Plata, além de aparecer na capa dos jornais desta sexta-feira.