Capriles: alternativa para o povo pôr fim a 14 anos de "chavismo"
Caracas, 11 abr (EFE).- O advogado Henrique Capriles, de 40 anos, governador do estado de Miranda, na Venezuela, é pela segunda vez o candidato da oposição nas eleições presidenciais do país, e apresenta um discurso afastado dos extremismos para tentar mobilizar o descontentamento por 14 anos de chavismo.
Capriles possui uma longa carreira política que inclui dois mandatos como governador de Miranda, a presidência da Câmara dos Deputados e o cargo de prefeito, o que faz dele o candidato da oposição com o maior número de vitórias nas urnas, apesar de ter sido derrotado por Hugo Chávez.
Descendente de judeus do gueto de Varsóvia e bisneto de vítimas do campo de extermínio de Treblinka, Capriles se declara católico praticante.
Ele nunca teve problemas para reconhecer a necessidade de manter os programas sociais implantados por Chávez, e ressalta que, ao contrário do falecido presidente venezuelano, jamais passaria horas discursando na televisão.
Agora, Capriles está disposto a "lutar" contra o candidato chavista e presidente encarregado, Nicolás Maduro, a quem acusou de mentir e de usar o luto pela perda, assim como a imagem de Chávez para conseguir apoio político.
"Se em 100 dias Maduro já está acabando com os 14 anos do presidente da República (Chávez), vocês conseguem imaginar em seis anos? Eles não estão governando, estão destruindo a Venezuela", afirmou durante a campanha.
Capriles pertence à classe alta de Caracas. Por parte de pai, sua família é dona de meios de comunicação e de empresas imobiliárias, entre outros negócios. A família materna, por sua vez, possui um grande complexo de salas de cinema.
Embora seus sobrenomes estejam associados ao poder empresarial, ele procurou se desvincular de uma imagem elitista e poderosa para conquistar a simpatia das classes mais baixas.
Miranda, estado que governa, abrange parte de Caracas e é um dos mais importantes da Venezuela. Durante as eleições de dezembro de 2012, Capriles desbancou o candidato apoiado por Chávez, Elías Jaua. Antes disso, já tinha feito o mesmo com Diosdado Cabello, atual presidente da Assembleia Nacional.
Capriles foi, por duas vezes, prefeito do município de Baruta, na região metropolitana da capital Caracas, e há 14 anos se tornou o presidente mais jovem da antiga Câmara dos Deputados. É militante do partido "Primero Justicia" - que se consolidou como um dos principais da oposição - desde 2000.
O candidato nunca se casou e também não tem filhos, apesar de alguns de seus relacionamentos terem sido expostos publicamente.
Seus opositores acusam Capriles de "falta de ação" no ataque à embaixada de Cuba em Caracas promovido por radicais antichavistas durante o golpe de Estado que afastou Chávez do poder durante dois dias em abril de 2002.
O então embaixador cubano na Venezuela, Germán Sánchez, afirmou que Capriles não tentou evitar a ação dos radicais, que também depredaram automóveis e cortaram o fornecimento de eletricidade e de água da embaixada.
Capriles ficou preso durante 119 dias por causa dessas acusações, mas o caso foi julgado e ele acabou absolvido.
Durante a campanha, o candidato opositor percorreu o país de ponta a ponta com um discurso cheio de críticas negativas ao governo chavista por causa da violência, da falta de produtividade e de problemas no setor da educação, além da corrupção.
Capriles também prometeu aumentar o salário mínimo, dar oportunidades a todos - independentemente do posicionamento político - e acabar com a distribuição dos recursos petrolíferos do país.
Seis meses após ter sido derrotado por Chávez com a menor diferença de votos entre o falecido presidente e seus oponentes desde 1999 (7,96 milhões de votos - 55,5% -, contra 6,42 milhões - 44,39%), Capriles volta a ser a esperança da oposição para pôr fim a 14 anos de chavismo.
Capriles possui uma longa carreira política que inclui dois mandatos como governador de Miranda, a presidência da Câmara dos Deputados e o cargo de prefeito, o que faz dele o candidato da oposição com o maior número de vitórias nas urnas, apesar de ter sido derrotado por Hugo Chávez.
Descendente de judeus do gueto de Varsóvia e bisneto de vítimas do campo de extermínio de Treblinka, Capriles se declara católico praticante.
Ele nunca teve problemas para reconhecer a necessidade de manter os programas sociais implantados por Chávez, e ressalta que, ao contrário do falecido presidente venezuelano, jamais passaria horas discursando na televisão.
Agora, Capriles está disposto a "lutar" contra o candidato chavista e presidente encarregado, Nicolás Maduro, a quem acusou de mentir e de usar o luto pela perda, assim como a imagem de Chávez para conseguir apoio político.
"Se em 100 dias Maduro já está acabando com os 14 anos do presidente da República (Chávez), vocês conseguem imaginar em seis anos? Eles não estão governando, estão destruindo a Venezuela", afirmou durante a campanha.
Capriles pertence à classe alta de Caracas. Por parte de pai, sua família é dona de meios de comunicação e de empresas imobiliárias, entre outros negócios. A família materna, por sua vez, possui um grande complexo de salas de cinema.
Embora seus sobrenomes estejam associados ao poder empresarial, ele procurou se desvincular de uma imagem elitista e poderosa para conquistar a simpatia das classes mais baixas.
Miranda, estado que governa, abrange parte de Caracas e é um dos mais importantes da Venezuela. Durante as eleições de dezembro de 2012, Capriles desbancou o candidato apoiado por Chávez, Elías Jaua. Antes disso, já tinha feito o mesmo com Diosdado Cabello, atual presidente da Assembleia Nacional.
Capriles foi, por duas vezes, prefeito do município de Baruta, na região metropolitana da capital Caracas, e há 14 anos se tornou o presidente mais jovem da antiga Câmara dos Deputados. É militante do partido "Primero Justicia" - que se consolidou como um dos principais da oposição - desde 2000.
O candidato nunca se casou e também não tem filhos, apesar de alguns de seus relacionamentos terem sido expostos publicamente.
Seus opositores acusam Capriles de "falta de ação" no ataque à embaixada de Cuba em Caracas promovido por radicais antichavistas durante o golpe de Estado que afastou Chávez do poder durante dois dias em abril de 2002.
O então embaixador cubano na Venezuela, Germán Sánchez, afirmou que Capriles não tentou evitar a ação dos radicais, que também depredaram automóveis e cortaram o fornecimento de eletricidade e de água da embaixada.
Capriles ficou preso durante 119 dias por causa dessas acusações, mas o caso foi julgado e ele acabou absolvido.
Durante a campanha, o candidato opositor percorreu o país de ponta a ponta com um discurso cheio de críticas negativas ao governo chavista por causa da violência, da falta de produtividade e de problemas no setor da educação, além da corrupção.
Capriles também prometeu aumentar o salário mínimo, dar oportunidades a todos - independentemente do posicionamento político - e acabar com a distribuição dos recursos petrolíferos do país.
Seis meses após ter sido derrotado por Chávez com a menor diferença de votos entre o falecido presidente e seus oponentes desde 1999 (7,96 milhões de votos - 55,5% -, contra 6,42 milhões - 44,39%), Capriles volta a ser a esperança da oposição para pôr fim a 14 anos de chavismo.
Receba notícias do UOL. É grátis!
Veja também
- Expovale arrecada 13 t de alimentos e beneficia instituições sociais
- Após partidas de Palmeiras e Botafogo, melhor pós-jogo na TV é no Canal UOL
- Palmeiras busca vitória em Goiânia para rebaixar Atlético-GO e pode virar líder do Brasileirão
- Grande oportunidade de riqueza chega para 3 signos no sábado, 23/11/2024