África do Sul aceita devolver à Líbia os ativos de Muammar Gaddafi
A África do Sul chegou a um acordo com a Líbia para repatriar os ativos que o falecido ditador líbio Muammar Kadafi possuía neste país, informou nesta quinta-feira o Ministério das Finanças sul-africano.
"A repatriação dos fundos e ativos líbios na África do Sul ocorrerá segundo os termos dos protocolos das Nações Unidas", afirmou o citado departamento em comunicado, sem precisar a quantia da devolução.
O acordo foi fechado no último dia 4 em reunião entre o ministro de Finanças sul-africano, Pravin Gordhan, e uma delegação do governo líbio liderada por Usama al Abid, titular do escritório do primeiro-ministro da Líbia, precisou a nota.
A decisão, acrescentou o comunicado, foi tomada sobre a base que "o governo líbio estabeleceu um organismo em 2012 para coordenar a repatriação dos ativos à Líbia".
As autoridades líbias suspeitam que a família de Kadafi tem escondidos em bancos da África do Sul cerca de US$ 1 bilhão da fortuna pessoal do antigo líder, segundo o jornal sul-africano "Sunday Times".
Os pesquisadores líbios acreditam que o capital que a família de Kadafi tem depositado na África do Sul está dividido em dinheiro, ouro e diamantes, e está guardado em quatro bancos e duas companhias de segurança.
Durante seus 42 anos no poder, o líder líbio manteve, à margem das contas oficiais, uma contabilidade paralela que se nutria de dinheiro proveniente do petróleo e de outras fontes de receitas públicas.
O regime de Kadafi caiu no último dia 23 de agosto de 2011, após sete meses de combates com os grupos rebeldes, que nesse dia tomaram o complexo presidencial em Trípoli.
Os rebeldes contaram com o apoio da Otan, uma intervenção que foi condenada então pelo governo sul-africano.
Kadafi morreu no dia 20 de outubro de 2011 após ser detido e linchado por forças rebeldes em seu reduto de Sirte, no norte da Líbia.
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