"Não basta só a desculpa", diz Morales sobre incidente com países europeus
La Paz, 4 jul (EFE).- O presidente da Bolívia, Evo Morales, afirmou nesta quinta-feira que "não basta só a desculpa" dos países europeus, que impediram seu avião de trafegar seus espaços aéreos, e que seu governo buscará "o respeito" aos tratados e normas internacionais para respaldar sua reivindicação perante os organismos externos.
"A posição firme que vamos assumir desde o governo nacional é fazer respeitar perante os organismos internacionais as normas e os tratados internacionais. Não basta só a desculpa de algum país que não nos permitiu passar seu território", declarou Morales em um ato na zona central de Chapare, seu reduto político e sindical.
"Muito dependerá do debate jurídico e político, mas também do debate do ponto de vista dos direitos", acrescentou o líder boliviano, que chegou a La Paz na noite de ontem após ter sido obrigado a ficar 13 horas no aeroporto de Viena à espera de um novo plano de voo para retornar à Bolívia.
Após esse incidente, o governo boliviano denunciou que França, Portugal e Itália proibiram que o avião presidencial sobrevoasse ou aterrissasse em seus territórios perante a suspeita de que o ex-técnico da CIA Edward Snowden, acusado pelos EUA de revelar informações secretas, também estaria a bordo.
Snowden se encontra na zona de trânsito do aeroporto de Moscou desde o dia 23 de junho, esperando que algum país lhe conceda asilo político, já que os EUA revogaram seu passaporte e passaram a reivindicar sua entrega sob a acusação de divulgar informações classificadas.
Bolívia, Equador e Venezuela também culpam a Espanha de ter atuado da mesma forma que França, Itália e Portugal, embora o ministro das Relações Exteriores do país, José Manuel García-Margallo, tenha assegurado que não houve "nenhuma proibição" por parte das autoridades espanholas.
Nesta quinta-feira, o líder boliviano ressaltou que o ocorrido "não é uma casualidade" e nem "um erro", mas "parte das políticas de seguir amedrontando o povo da Bolívia e da América Latina".
"Nosso pecado, nosso delito é ser indígena, anti-imperialista e questionar todas as políticas econômicas que só levam à miséria e à pobreza", completou o presidente boliviano.
Morales lamentou o fato de "ainda haver países que são mais servis às políticas dos Estados Unidos" na Europa e acrescentou que ainda não está explicado o objetivo de sua retenção, já que, em sua opinião, seria "impossível" Snowden estar escondido em seu avião.
"A Interpol está em todos os aeroportos. Os EUA e os países europeus têm sua própria estrutura de inteligência e, se disseram que estávamos levando (Snowden), isso foi falso", acrescentou.
Antes de terminar seu discurso, Morales indicou que nesta tarde, em uma reunião na cidade de Cochabamba, debaterá com outros presidentes sul-americanos quais foram os motivos verdadeiros de sua retenção.
Vários presidentes dos Estados-membros da União de Nações Sul-americanas (Unasul) chegarão ao longo do dia à Bolívia para participar desse encontro, convocado de urgência para respaldar Morales e examinar essa nova crise aberta com a Europa.
Segundo Morales, a "humilhação" sofrida "não é ao presidente, mas a todo o continente", uma afirmação que também foi respaldada pela presidente da Argentina, Cristina Kirchner.
O líder insistiu em acusar aos EUA de haver pressionado às nações europeias para bloquear seu voo, um fato que acabou sendo negado pela Casa Branca.
"A posição firme que vamos assumir desde o governo nacional é fazer respeitar perante os organismos internacionais as normas e os tratados internacionais. Não basta só a desculpa de algum país que não nos permitiu passar seu território", declarou Morales em um ato na zona central de Chapare, seu reduto político e sindical.
"Muito dependerá do debate jurídico e político, mas também do debate do ponto de vista dos direitos", acrescentou o líder boliviano, que chegou a La Paz na noite de ontem após ter sido obrigado a ficar 13 horas no aeroporto de Viena à espera de um novo plano de voo para retornar à Bolívia.
Após esse incidente, o governo boliviano denunciou que França, Portugal e Itália proibiram que o avião presidencial sobrevoasse ou aterrissasse em seus territórios perante a suspeita de que o ex-técnico da CIA Edward Snowden, acusado pelos EUA de revelar informações secretas, também estaria a bordo.
Snowden se encontra na zona de trânsito do aeroporto de Moscou desde o dia 23 de junho, esperando que algum país lhe conceda asilo político, já que os EUA revogaram seu passaporte e passaram a reivindicar sua entrega sob a acusação de divulgar informações classificadas.
Bolívia, Equador e Venezuela também culpam a Espanha de ter atuado da mesma forma que França, Itália e Portugal, embora o ministro das Relações Exteriores do país, José Manuel García-Margallo, tenha assegurado que não houve "nenhuma proibição" por parte das autoridades espanholas.
Nesta quinta-feira, o líder boliviano ressaltou que o ocorrido "não é uma casualidade" e nem "um erro", mas "parte das políticas de seguir amedrontando o povo da Bolívia e da América Latina".
"Nosso pecado, nosso delito é ser indígena, anti-imperialista e questionar todas as políticas econômicas que só levam à miséria e à pobreza", completou o presidente boliviano.
Morales lamentou o fato de "ainda haver países que são mais servis às políticas dos Estados Unidos" na Europa e acrescentou que ainda não está explicado o objetivo de sua retenção, já que, em sua opinião, seria "impossível" Snowden estar escondido em seu avião.
"A Interpol está em todos os aeroportos. Os EUA e os países europeus têm sua própria estrutura de inteligência e, se disseram que estávamos levando (Snowden), isso foi falso", acrescentou.
Antes de terminar seu discurso, Morales indicou que nesta tarde, em uma reunião na cidade de Cochabamba, debaterá com outros presidentes sul-americanos quais foram os motivos verdadeiros de sua retenção.
Vários presidentes dos Estados-membros da União de Nações Sul-americanas (Unasul) chegarão ao longo do dia à Bolívia para participar desse encontro, convocado de urgência para respaldar Morales e examinar essa nova crise aberta com a Europa.
Segundo Morales, a "humilhação" sofrida "não é ao presidente, mas a todo o continente", uma afirmação que também foi respaldada pela presidente da Argentina, Cristina Kirchner.
O líder insistiu em acusar aos EUA de haver pressionado às nações europeias para bloquear seu voo, um fato que acabou sendo negado pela Casa Branca.
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