Anistia Internacional diz que extradição de Snowden para os EUA é inaceitável
Moscou, 12 jul (EFE).- A extradição do ex-técnico da CIA Edward Snowden para os Estados Unidos, onde é requerido por vários crimes relacionados com espionagem, é intolerável, declarou nesta sexta-feira o chefe da Anistia Internacional (AI) na Rússia, Sergei Nikitin.
"Nenhum Estado tem o direito de entregar uma pessoa para outro país onde existe a ameaça de um tratamento cruel. Os Estados Unidos, em nossa opinião, são um desses países, onde a ameaça de um tratamento cruel, próximo da tortura, é real", disse Nikitin horas antes de comparecer à reunião com Snowden e outros ativistas dos direitos humanos.
O ex-técnico da CIA que revelou uma trama de espionagem em massa das comunicações telefônicas e da internet marcou hoje um encontro com representantes de ONG internacionais e também com advogados no aeroporto de Moscou, onde está há 19 dias.
"Não se deve esquecer que as autoridades americanas já qualificaram Snowden como traidor, e já formaram uma opinião inequívoca a respeito dele antes de qualquer decisão dos tribunais", ressaltou o chefe da AI na Rússia.
Nikitin reiterou que o jovem "não pode ser extraditado enquanto se está estudando sua solicitação de asilo".
A ONG Human Rights Watch (HRW), que também participa da reunião de hoje, pediu aos países que receberam pedido de asilo de Snowden que estudem a solicitação do fugitivo.
"Recomendamos que os Estados aos quais Snowden pediu refúgio estudem objetiva e minuciosamente o pedido para tomar uma decisão justa. Acreditamos que existem motivos para se temer um tratamento cruel e degradante se for detido em território dos EUA", advertiu a vice-diretora da HRW na Rússia, Tatiana Lokshina.
Horas antes da reunião com o fugitivo, o defensor público russo, Vladimir Lukin, reiterou a condição imposta a Snowden para um asilo no país pelo presidente Vladimir Putin, que afirmou que o ex-técnico deveria interromper suas atividades contra os interesses dos EUA.
"Quero escutar o que diz. Uma coisa é que continue com sua atividade atual. E outra é que peça asilo levando em conta que não pode prejudicar os interesses de outros países. Tudo depende de sua postura", disse Lukin ao ser perguntado sobre a possibilidade de Snowden voltar a pedir asilo na Rússia.
"Nenhum Estado tem o direito de entregar uma pessoa para outro país onde existe a ameaça de um tratamento cruel. Os Estados Unidos, em nossa opinião, são um desses países, onde a ameaça de um tratamento cruel, próximo da tortura, é real", disse Nikitin horas antes de comparecer à reunião com Snowden e outros ativistas dos direitos humanos.
O ex-técnico da CIA que revelou uma trama de espionagem em massa das comunicações telefônicas e da internet marcou hoje um encontro com representantes de ONG internacionais e também com advogados no aeroporto de Moscou, onde está há 19 dias.
"Não se deve esquecer que as autoridades americanas já qualificaram Snowden como traidor, e já formaram uma opinião inequívoca a respeito dele antes de qualquer decisão dos tribunais", ressaltou o chefe da AI na Rússia.
Nikitin reiterou que o jovem "não pode ser extraditado enquanto se está estudando sua solicitação de asilo".
A ONG Human Rights Watch (HRW), que também participa da reunião de hoje, pediu aos países que receberam pedido de asilo de Snowden que estudem a solicitação do fugitivo.
"Recomendamos que os Estados aos quais Snowden pediu refúgio estudem objetiva e minuciosamente o pedido para tomar uma decisão justa. Acreditamos que existem motivos para se temer um tratamento cruel e degradante se for detido em território dos EUA", advertiu a vice-diretora da HRW na Rússia, Tatiana Lokshina.
Horas antes da reunião com o fugitivo, o defensor público russo, Vladimir Lukin, reiterou a condição imposta a Snowden para um asilo no país pelo presidente Vladimir Putin, que afirmou que o ex-técnico deveria interromper suas atividades contra os interesses dos EUA.
"Quero escutar o que diz. Uma coisa é que continue com sua atividade atual. E outra é que peça asilo levando em conta que não pode prejudicar os interesses de outros países. Tudo depende de sua postura", disse Lukin ao ser perguntado sobre a possibilidade de Snowden voltar a pedir asilo na Rússia.
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