O advogado de Ariel Castro declarou nesta quarta-feira (4) que averiguará a fundo a morte de seu cliente, que foi encontrado enforcado na prisão onde cumpria pena pelos sequestros e abusos sexuais de três mulheres em Ohio.

A família de Castro "está devastada com a notícia", afirmou o advogado Craig Weintraub a um programa da emissora americana "NBC".

O advogado indicou que Castro tinha sido transferido à prisão há duas semanas e seus parentes, desde então, o visitaram em algumas ocasiões.

Weintraub acrescentou que, apesar das circunstâncias, ele "irá a fundo" para determinar as causas dessa morte. "Ele é um ser humano e não vamos deixar que as coisas fiquem assim", declarou.

As autoridades ainda não se pronunciaram sobre as circunstâncias da morte de Castro, uma vez que o réu estava sob uma rígida vigilância, mas sem proteção frente ao suicídio.

Castro, de 53 anos e origem porto-riquenha, foi condenado à prisão perpétua - sem direito a liberdade condicional - no último dia 1º de agosto somente pela acusação de homicídio agravado.

Pelo restante das quase mil acusações, entre elas centenas por estupro, Castro recebeu várias penas consecutivas que somaram outros mil anos de prisão.

A sentença respondia ao acordo de culpabilidade que sua defesa firmou com a promotoria para livrar Castro de uma possível condenação à morte.

No dia de seu julgamento, Castro chegou a pedir perdão às vítimas no início da audiência.

"Não sou um monstro. Estou doente (...). Acho que eu também sou uma vítima", alegou Castro na ocasião.