Policiais que assassinaram menino Juan no Rio de Janeiro são condenados

Rio de Janeiro, 13 set (EFE).- Quatro policiais acusados de ter assassinado um menino de 11 anos na cidade do Rio de Janeiro e de ter escondido seu corpo foram condenados nesta sexta-feira a pena de entre 32 e 36 anos de prisão, segundo fontes judiciais.

O crime ocorreu em julho de 2011 em um suposta operação contra grupos de narcotraficantes que operam em uma favela da área metropolitana do Rio de Janeiro e provocou comoção já que os pais de Juan Moraes demoraram dez dias para encontrar o corpo do menor.

Na mesma operação, os policiais assassinaram um adolescente de 17 anos que supostamente confundiram com um narcotraficante.

Os quatro uniformizados que participaram da operação na favela Danon foram considerados culpados das acusações de duplo homicídio qualificado e condenados a penas diferenciadas em um julgamento que terminou na madrugada desta sexta-feira em Nova Iguaçu.

O menor desapareceu em 20 de junho de 2011 após uma suposta operação da polícia contra os narcotraficantes que atuavam na favela e seu corpo foi encontrado dez dias depois nas margens de um riozinho em um município vizinho.

No momento do crime, o menino retornava para casa acompanhado por um irmão de 14 anos e por outro adolescente, que ficaram feridos na operação policial.

Os policiais alegaram em sua defesa que os menores ficaram no meio de uma troca de tiros com narcotraficantes e que integrantes da grupo criminoso levaram o corpo da criança.

O delegado de polícia Ricardo Barbosa, responsável pela investigação, declarou perante os jurados que, pelas provas recolhidas, em nenhum momento houve enfrentamento armado, e que os únicos que realizaram disparos foram os policiais.

O cabo Edilberto Barros do Nascimento foi condenado a 66 anos por sua responsabilidade nas duas mortes.

O sargento Isaias Souza do Carmo e o cabo Rubens da Silva foram condenados a 36 anos de prisão cada um, e o sargento Ubirani Soares a 32 anos.

Os quatro uniformizados estão detidos desde junho de 2011 em uma cela especial para policiais do Rio de Janeiro.

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