Novos disparos são ouvidos em shopping no Quênia, segundo governo


Novos disparos foram ouvidos nesta terça-feira (24) no lado externo do centro comercial de Nairóbi, que foi alvo de um ataque do grupo fundamentalista Al-Shabab no último sábado. A polícia havia afirmado ontem que controlava todos os andares do shopping. O número de mortos subiu para 65 após a morte de três soldados envolvidos na operação que estavam hospitalizados.

Um breve tiroteio aconteceu durante o amanhecer, em torno das 6h30 locais (0h30 de Brasília), e três horas mais tarde foram ouvidos novos disparos nos arredores do prédio, segundo a agência Efe.

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A atividade policial interrompeu uma noite que tinha transcorrido com calma, após o dia de ontem, quando ocorreram várias explosões e um grande incêndio no interior do centro comercial.

Até o momento não foram divulgadas informações oficiais sobre a situação no interior do edifício, onde, no final da noite de ontem, a polícia não sabia precisar o número de reféns nem de terroristas que permaneciam no interior.

A polícia disse ter detido mais de dez suspeitos relacionados com o atentado terrorista.

Um pronunciamento do presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, foi anunciado para hoje durante a manhã, mas seis horas depois ainda não se sabe quando ele vai fazê-lo.

Os helicópteros voltaram a sobrevoar o perímetro do shopping center ao longo da manhã e o Exército informou, através do Twitter, que continua sua operação para "neutralizar a ameaça terrorista" e fazer um pente-fino no interior do edifício.

VEJA A LOCALIZAÇÃO DE NAIRÓBI

"O Exército do Quênia continua garantindo a segurança no edifício do Westgate. Uma declaração oficial sobre a situação da operação será feita mais tarde", afirmou na rede social.

A polícia, por outro lado, pediu que se "ignore a propaganda do inimigo", em alusão a algumas mensagens supostamente publicadas no Twitter pelo Al Shabab.

"O Westgate está sob o total controle das forças governamentais e estamos fazendo um pente-fino na área para garantir que a segurança de todo mundo", acrescentou.

Segundo os últimos dados divulgados ontem pela Cruz Vermelha, também há cerca de 60 desaparecidos com os quais não foi possível o contato desde o início do atentado.

Durante os três últimos dias, as forças de segurança e os corpos de voluntários conseguiram retirar mil pessoas do Westgate, um dos shoppings mais luxuosos da cidade e frequentado por estrangeiros e quenianos de classe alta.

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