Lima, 20 out (EFE).- A ex-congressista Keiko Fujimori acusou neste domingo a equipe do Instituto Nacional Penitenciário (Inpe) de gravar o ex-presidente peruano Alberto Fujimori, que está internado em uma clínica local e terá alta em breve, para vazar à imprensa e desacreditá-lo.

"É claríssimo que as pessoas que filmaram meu pai eram do Inpe", com o objetivo de vazar à imprensa e "desacreditar a imagem" do ex-presidente, declarou Keiko Fujimori aos jornalistas.

A também ex-candidata a presidência do Peru visitou o pai na clínica Centenário, onde está internado desde sexta-feira para ser submetido a uma série de exames médicos, e criticou a divulgação de um vídeo, no canal Frequência Latina, no qual se vê a Fujimori de roupão discutindo com uma enfermeira.

O ex-presidente, que cumpre uma sentença de 25 anos de prisão por abusos aos direitos humanos e outras menores por corrupção, exigia que a enfermeira permitisse que todos os congressistas de seu partido pudessem visitá-lo.

Na quinta-feira, Fujimori esteve presente no início de um novo julgamento em que é acusado de peculato e se mostrou frágil.

A audiência teve que ser adiada para o dia 28 porque Fujimori apresentou um quadro de hipertensão que o impedia de continuar a audiência, em que é acusado de desviar US$ 43 milhões para pagar jornais sensacionalistas durante seu governo (1990-2000).

Segundo sua filha, o vídeo mostra o pai respondendo à equipe do Inpe que tinha impedido a entrada de seu irmão Kenji, atual congressista, a visitar o ex-presidente na clínica.

"Eu rejeição o vazamento deste vídeo por este governo, agora entendemos por que impediram a entrada do meu irmão Kenji", disse.

"O que o governo busca é justamente humilhar meu pai, me parece que isto foi premeditado e feito de maneira malévola", acrescentou.

Keiko Fujimori disse que seu pai terá alta esta noite domingo depois de terminar os exames realizados por causa de uma otite e um quadro de hipertensão.EFE

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