Brasileiros morrem em ofensiva do Iêmen contra a Al Qaeda
O exército iemenita lançou nesta terça-feira (29) sua maior campanha militar desde 2012 contra os redutos da rede terrorista Al Qaeda no sul do país, onde os extremistas contam com campos de treinamento, na qual, por enquanto, morreram 26 pessoas, entre elas brasileiros.
Os militares estão apoiados por combatentes tribais em suas operações terrestres, centradas em remotas zonas montanhosas das províncias de Abien e Shebua, segundo informaram à Agência Efe responsáveis oficiais.
Líder da Al Qaeda no Iêmen ameaça movimentos militares
A esta campanha terrestre se somam os intensos bombardeios da aviação iemenita contra supostas bases da Al Qaeda situadas nessas mesmas províncias.
Um responsável militar, citado pela agência oficial "Saba", afirmou que "a luta decisiva começou" e que "as forças de segurança não titubearão em intensificar as ações bélicas para erradicar os terroristas".
Esta ofensiva é a mais ampla desde a lançada em maio de 2012 para expulsar os membros da Al Qaeda e de outros grupos afines de várias cidades do sul do país, que os extremistas tinham conseguido controlar.
"70% dos milicianos da Al Qaeda no Iêmen são estrangeiros, por isso nunca lhes importou estar destruindo o país", afirmou hoje o presidente iemenita, Abdu Rabo Mansur Hadi, durante seu discurso em cerimônia de graduação na Academia de Polícia em Sana.
Os combatentes, explicou, procedem de Brasil, Países Baixos, França, Austrália e outros países, e acrescentou que há corpos de milicianos da Al Qaeda dessas nacionalidades que morreram durante enfrentamentos com o exército e a polícia do Iêmen, "e seus países não aceitaram seus corpos".
Nessa ofensiva, as autoridades do Iêmen, a nação mais pobre da Península Arábica, contaram com o apoio de influentes chefes tribais e dos Estados Unidos.
As autoridades americanas acreditam que a organização Al Qaeda na Península Arábica, com base no Iêmen, é um dos braços mais perigosos e ativos da rede terrorista.
Por isso, Washington respalda o exército iemenita com aviões não tripulados e dirigidos por controle remoto em sua campanha contra as células da Al Qaeda.
O grupo terrorista perpetra com frequência atentados contra as forças de segurança iemenitas, alguns deles de grande impacto contra sedes militares, e inclusive contra alvos estrangeiros.