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Tsipras diz que o "não" não quer dizer uma recusa de se manter na UE

03/07/2015 11h03

Atenas, 3 jul (EFE).- O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, destacou nesta sexta-feira que o 'não' no referendo do próximo domingo "não é um 'não' à Europa", mas à "chantagem" de aceitar um acordo que não continha uma solução sustentável para a dívida.

Nesse contexto se referiu ao relatório publicado ontem pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) do qual disse que reconhece que a única solução para a Grécia "é uma quitação de 30%" de sua dívida e oferecer um período de graça "de 20 anos".

"Só que isto os credores não nos disseram nunca (nas negociações), acrescentou.

Tsipras pediu à população para votar com calma e a respeitar a opinião contrária durante o processo de votação.

"Segunda-feira estaremos todos unidos. O 'não' ao referendo não é um 'não' à Europa. Peço a vocês para dizer 'não' ao ultimato e às chantagens, mas também para dizer 'não' à divisão", repetiu. "Votemos com calma e com argumentos, não com reprovações", acrescentou.

Esta noite está prevista outro discurso de Tsipras no ato de campanha organizado por seu partido Syriza na praça de Syntagma a favor do 'não', que coincidirá com outro em defesa do 'sim' convocado por uma plataforma de formações, empresas, sindicatos e Prefeituras e que será realizada no antigo estádio olímpico.

As últimas pesquisas dão uma margem estreita de vitória para o 'sim', contra o 'não', com 44,8% dos cidadãos que se posicionam a favor da proposta de acordo apresentada pelos credores, contra 43,3% que a rejeitam.

A porcentagem de indecisos atinge 11,8%.