Maduro tomará ações legais contra Parlamento por negar decreto de emergência
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse nesta terça-feira (26) que tomará ações legais contra a direção do parlamento, de maioria opositora, por ter negado o decreto de emergência que apresentou recentemente, e afirmou que seu governo se unirá com as empresas privadas para fazer frente à crise.
"O que fez a Assembleia Nacional (parlamento) na quinta-feira passada foi inconstitucional e vou tomar ações, com base na Constituição e na legalidade, e peço ao povo todo o apoio", disse em uma reunião que manteve com seus ministros da área econômica.
Maduro comentou que "o pior que a Assembleia fez foi tentar negar, anular e impedir o decreto de emergência econômica" que lançou como chefe de Estado "para proteger o país".
O presidente acusou diretamente o líder do parlamento, Henry Ramos Allup, e o deputado e economista José Guerra, que elaborou um relatório de rejeição ao decreto, de frear seu plano para "proteger" o povo.
Maduro disse que nada o impedirá de estabilizar a economia e assinou um decreto para criar o chamado "sistema centralizado e padronizado de compras públicas para todos os órgãos e entes da administração publica" e afirmou que nos próximos dias os ministros da área explicarão seu conteúdo.
Além disso, o presidente adiantou que seu governo vai desenvolver "uma aliança produtiva para o desenvolvimento" e vai elaborar planos "para enfrentar a emergência" com "todos os setores privados que queiram trabalhar com seriedade, com responsabilidade".
O parlamento venezuelano rejeitou na última sexta-feira a aprovação do decreto de emergência econômica apresentado por Maduro para atender à crise por considerá-lo um "cheque em branco" para o chefe do Estado.
A proposta foi rejeitada com 107 votos da oposição frente a 53 governistas que votaram a favor, depois que a comissão especial designada para avaliar o conteúdo do decreto de exceção recomendou sua desaprovação.
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