Kerry diz que Cuba libertará em breve 5 ex-presos políticos detidos de novo
Washington, 24 fev (EFE).- O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, afirmou nesta quarta-feira acreditar que Cuba libertará em breve os cinco prisioneiros políticos incluídos na lista de 53 libertados como parte do acordo de restabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países, e que foram presos de novo em 2015.
"Nos decepcionou que quatro ou cinco destes (prisioneiros) fossem detidos de novo, e é algo que comunicamos (ao governo cubano). Acreditamos que serão libertados", disse Kerry em uma audiência no Comitê de Despesas da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos.
A dissidente Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional (CCDHRN) denunciou em janeiro que cinco ex-prisioneiros políticos que foram libertados, como parte do acordo anunciado em dezembro de 2014 entre Cuba e Estados Unidos, foram levados a prisões de alta segurança no segundo semestre de 2015.
Segundo a CCDHRN eles foram novamente presos mediante processos "falsos e sem as devidas garantias processuais".
O secretário de Estado dos EUA disse que é possível que viaje a Cuba nas próximas semanas para manter um diálogo de direitos humanos, e hoje reiterou que poderia visitar a ilha "antes do presidente" Barack Obama, que estará ali nos dias 21 e 22 de março.
O congressista republicano de origem cubana Mario Díaz-Balart pressionou Kerry na audiência para que citasse avanços concretos nos direitos humanos em Cuba, afirmando que esse deveria ser um requisito prévio para uma visita de Obama à ilha.
Díaz-Balart lembrou que, em uma entrevista ao site Yahoo! em dezembro, Obama disse que não faria sentido visitar Cuba se esse país anda "para trás" nas liberdades para o povo cubano.
"E sob qualquer medida objetiva, o regime dos Castro não melhorou seu histórico de direitos humanos. Em todo caso, piorou ", ressaltou o congressista pela Flórida.
Kerry rebateu que o governo cubano "sim melhorou, no sentido de que libertou os 53 prisioneiros que os Estados Unidos solicitaram", e reiterou que acredita que os cinco que voltaram a ser detidos serão "libertados", além de lembrar que "um em cada quatro cubanos está no setor privado".
Em um diálogo tenso, Díaz Balart disse a Kerry que não ele não estava dando "dados" nem "garantias" sobre as melhoras em Cuba, e o secretário de Estado respondeu que o congressista não queria "aceitar" as respostas que ouvia.
Perguntado em outro momento pela resposta na América Latina à abertura dos EUA para Cuba, Kerry disse que foi "incrível".
"(O degelo) mudou nossa relação com outros países na região, e mudou a relação com Cuba e inclusive com a Venezuela", disse o secretário de Estado.
"Há um diálogo que está tomando forma na Venezuela e no qual pode ser que tomemos parte, e a credibilidade que conseguimos para isso vem em parte da abertura à Cuba", acrescentou.
"Nos decepcionou que quatro ou cinco destes (prisioneiros) fossem detidos de novo, e é algo que comunicamos (ao governo cubano). Acreditamos que serão libertados", disse Kerry em uma audiência no Comitê de Despesas da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos.
A dissidente Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional (CCDHRN) denunciou em janeiro que cinco ex-prisioneiros políticos que foram libertados, como parte do acordo anunciado em dezembro de 2014 entre Cuba e Estados Unidos, foram levados a prisões de alta segurança no segundo semestre de 2015.
Segundo a CCDHRN eles foram novamente presos mediante processos "falsos e sem as devidas garantias processuais".
O secretário de Estado dos EUA disse que é possível que viaje a Cuba nas próximas semanas para manter um diálogo de direitos humanos, e hoje reiterou que poderia visitar a ilha "antes do presidente" Barack Obama, que estará ali nos dias 21 e 22 de março.
O congressista republicano de origem cubana Mario Díaz-Balart pressionou Kerry na audiência para que citasse avanços concretos nos direitos humanos em Cuba, afirmando que esse deveria ser um requisito prévio para uma visita de Obama à ilha.
Díaz-Balart lembrou que, em uma entrevista ao site Yahoo! em dezembro, Obama disse que não faria sentido visitar Cuba se esse país anda "para trás" nas liberdades para o povo cubano.
"E sob qualquer medida objetiva, o regime dos Castro não melhorou seu histórico de direitos humanos. Em todo caso, piorou ", ressaltou o congressista pela Flórida.
Kerry rebateu que o governo cubano "sim melhorou, no sentido de que libertou os 53 prisioneiros que os Estados Unidos solicitaram", e reiterou que acredita que os cinco que voltaram a ser detidos serão "libertados", além de lembrar que "um em cada quatro cubanos está no setor privado".
Em um diálogo tenso, Díaz Balart disse a Kerry que não ele não estava dando "dados" nem "garantias" sobre as melhoras em Cuba, e o secretário de Estado respondeu que o congressista não queria "aceitar" as respostas que ouvia.
Perguntado em outro momento pela resposta na América Latina à abertura dos EUA para Cuba, Kerry disse que foi "incrível".
"(O degelo) mudou nossa relação com outros países na região, e mudou a relação com Cuba e inclusive com a Venezuela", disse o secretário de Estado.
"Há um diálogo que está tomando forma na Venezuela e no qual pode ser que tomemos parte, e a credibilidade que conseguimos para isso vem em parte da abertura à Cuba", acrescentou.
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