Em eleições polêmicas, presidente do Congo é reeleito com 60% dos votos
Nairóbi, 24 mar (EFE).- O atual presidente do Congo, Denis Sassou Nguesso, venceu com 60,39% dos votos as eleições realizadas no último domingo no país, consideradas como uma fraude pela comunidade internacional e pela oposição.
O ministro do Interior do Congo, Raymond Zéphyrin Mboulou, anunciou os resultados oficiais nesta quinta-feira na emissora estatal, depois de todas as comunicações terem sido cortadas no país "por razões e interesses da segurança nacional".
O principal opositor do presidente, Guy-Brice Parfait Kolélas, obteve 15,05% dos votos. Já o general Jean-Marie Michel Moko, ex-conselheiro de Segurança de Nguesso, ficou com a terceira posição, após receber 13,89% do apoio do eleitorado.
As eleições foram marcadas por duras críticas da oposição, que questionou o fato de o pleito, inicialmente marcado para julho, ter sido antecipado para março. Além disso, houve vários registros de violência por parte de militantes de Nguesso contra os rivais.
O presidente justificou a antecipação pela necessidade de acelerar a implantação das medidas previstas na polêmica reforma constitucional aprovada em outubro do ano passado, que permitiram que ele concorresse ao terceiro mandato, algo proibido até então.
A reforma foi aprovada com um apoio de 92% da população em um referendo que a oposição classificou como uma "fraude" devido à baixa participação. Segundo a Comissão Nacional Eleitoral, apenas 5% dos congoleses participaram da consulta.
Nguesso chegou ao poder em 1979, apoiado pelos militares, e ocupou o cargo até 1992, quando foi derrotado nas primeiras eleições multipartidárias realizadas no país.
Mas voltou ao poder em 1997, após uma curta e sangrenta guerra civil, respaldado por tropas angolanas. Desde então, segue como presidente, após ganhar os pleitos de 2002 e ser reeleito em 2009. EFE
em/lvl
O ministro do Interior do Congo, Raymond Zéphyrin Mboulou, anunciou os resultados oficiais nesta quinta-feira na emissora estatal, depois de todas as comunicações terem sido cortadas no país "por razões e interesses da segurança nacional".
O principal opositor do presidente, Guy-Brice Parfait Kolélas, obteve 15,05% dos votos. Já o general Jean-Marie Michel Moko, ex-conselheiro de Segurança de Nguesso, ficou com a terceira posição, após receber 13,89% do apoio do eleitorado.
As eleições foram marcadas por duras críticas da oposição, que questionou o fato de o pleito, inicialmente marcado para julho, ter sido antecipado para março. Além disso, houve vários registros de violência por parte de militantes de Nguesso contra os rivais.
O presidente justificou a antecipação pela necessidade de acelerar a implantação das medidas previstas na polêmica reforma constitucional aprovada em outubro do ano passado, que permitiram que ele concorresse ao terceiro mandato, algo proibido até então.
A reforma foi aprovada com um apoio de 92% da população em um referendo que a oposição classificou como uma "fraude" devido à baixa participação. Segundo a Comissão Nacional Eleitoral, apenas 5% dos congoleses participaram da consulta.
Nguesso chegou ao poder em 1979, apoiado pelos militares, e ocupou o cargo até 1992, quando foi derrotado nas primeiras eleições multipartidárias realizadas no país.
Mas voltou ao poder em 1997, após uma curta e sangrenta guerra civil, respaldado por tropas angolanas. Desde então, segue como presidente, após ganhar os pleitos de 2002 e ser reeleito em 2009. EFE
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